Ação contra grupo de Ada desvia atenção dos atos políticos
A sexta-feira em Criciúma teve a caravana do alto comando estadual do PMDB, com Eduardo Moreira, Mauro Mariani e Dário Berger, teve o presidente estadual do PT, Decio Lima, e o roteiro de “retorno" de Julio Garcia. Mas, o que monopolizou as atenções na agenda política foi a ação da polícia federal contra o grupo da deputada e secretária de estado, Ada Faraco de Luca, PMDB.
A deputada não foi presa, nem conduzida coercitivamente, mas o prejuízo politico é como se tivesse sido.
O pior é que, como não há denúncia formal (pelo menos até agora), ela não poderá nem se defender.
A operação da policia federal foi nitroglicerina pura. Representa ameaça real à sua candidatura para 2018. Vai depender do que for encontrado na documentação apreendida, e o que ainda vem pela frente, mas, ela já foi atingida!
O PMDB se solidarizou com Ada. O governador Raimundo Colombo descartou o seu afastamento do cargo.
Ada estava em Criciúma quando a policia federal deflagrou a operação.
Foram cumpridos mandados em Criciúma, Içara, Morro da Fumaça e Florianópolis, no seu apartamento e no gabinete secretaria de justiça.
Ninguém teve que prestar depoimento. Em todos os locais, a polícia só levou documentos e arquivos.
O vereador Toninho da Imbralit, PMDB, está envolvido em denúncias de corrupção eleitoral pela segunda vez. Na primeira, chegou a ter seu mandato cassado, mas recuperou depois em recurso aos tribunais superiores.
O presidente da cooperativa de Morro da Fumaça, Ricardo Bittencourt, que acordou com a policia federal na porta da sua casa, deve ser o primeiro a contabilizar prejuízos políticos. A oposição interna, que é forte, ganhou importante ingrediente.
De pé
No ato regional do PMDB, em Criciúma, Ada de Luca foi aplaudida de pé pelas autoridades que estavam à mesa e por toda a platéia (foto).
Todos os discursos tiveram manifestações de solidariedade e criticas à forma definida como “espetaculosa" de a polícia federal encaminhar ações.
Relação com Cancelier
Eduardo Moreira afirmou no discurso em Criciúma: “Esse espetáculo absurdo da policia federal e a condenação antes da investigação tem que parar. Foi isso que levou o Cao Cancelier (ex-reitor da UFSC) a cometer aquela tragédia (suicídio). Mas, não aprendam”.
O fio da meada
As investigações sobre o esquema politico da deputada Ada de Luca começaram a partir de uma planilha que teria sido montada pelo secretário de planejamento da prefeitura de Içara, Arnaldinho Lodeti, que foi um dos coordenadores da campanha de 2014