Saiu a decisão de Brasilia, no STJ, que era a mais esperada em Florianópolis, no ambiente do poder. A Procuradoria da República/Ministério Público Federal definiu posição em relação às questões que envolviam o governador Raimundo Colombo. O decidido foi ruim, mas também foi bom para o Governador.
Ministério Público mandou arquivar o inquérito contra Colombo e ex-assessores próximos por corrupção e recebimento de propinas. Eles haviam sido citados em delações de diretores da JBS.
Entre os citados estava o ex-secretário da fazenda do estado, Antonio Gavazoni, e a revelação da delação o levou a pedir demissão do cargo.
Mas, Colombo foi denunciado por prática de caixa 2 na campanha de 2014.
Dos males, o menor.
Se fosse denunciado por corrupção, Colombo teria ameaçada sua candidatura ao senado.
Caixa 2 é considerado "crime menor", não inviabiliza a candidatura.
Segundo assessores próximos e aliados políticos, Colombo ficou "aliviado" com a decisão do Ministério Público Federal.
Ele estava postergando a renúncia do governo para não perder o foro privilegiado, que mantêm o processo no STJ/Brasilia, pelo menos até a decisão do Ministério Público Federal.
Por isso, pediu uma licença, agora férias e depois pediria outra licença, até completar o prazo limite para renúncia, de acordo com a lei, e aguardando a decisão no STJ.
Com a decisão de hoje, ele deve antecipar a renúncia, fazendo logo que encerrado o período de férias.
Agora, com isso resolvido, Raimundo Colombo deve mergulhar na articulação politica. Em duas direções - para viabilizar o maior arco possivel de alianças em torno de sua candidatura ao senado e para tentar reaproximar PSD e PMDB.