O presidente da Câmara de Criciúma, vereador Julio Colombo, PSB, apresentou pela primeira vez um argumento político para não passar o cargo para o vereador Pastor Jair Alexandre, PSC, na virada do ano, como teria sido "combinado" no final de 2016.
Colombo disse que o "grupo dos nove”, que elegeu a atual mesa diretora, se formou para garantir “independência” da Câmara em relação à prefeitura e o governo do prefeito Clesio Salvaro, PSDB. No momento em que o vereador Pastor Jair assumiu a posição de líder do governo na Câmara, perdeu a condição de “independente”.
O raciocínio foi desenvolvido ontem na rádio Som Maior FM e coloca de vez uma pedra na intenção do Pastor Jair de assumir com presidente no início de 2018.
Para isso, Jair sustenta que foi firmado um acordo verbal, na ultima reunião do grupo antes da eleição mesa diretora, estabelecendo que Colombo seria presidente em 2017 e Jair em 2018.
Colombo até admite a conversa. Mas, como nada foi escrito, entende que deve prevalecer o que já estava documentado e assinado. Que é a sua permanência como presidente durante 2017 e 2018.
Garante, no entanto, que este não é o principal motivo, não é o que decide.
O que pesa mesmo é que que, no seu entendimento, o vereador Pastor Jair passou a contrariar um dos princípios que sustentou a formação do grupo dos nove, que é a independência.
Diante disso, o assunto parece definido. Não vai ter mudança no comando da Câmara.
Durante 2017, Julio Colombo teve uma postura interessante como presidente em relação ao governo do prefeito Salvaro.
Ele se mostrou próximo, mas não “subalterno". Independente, sem ser oposição.
Em síntese, procura manter uma “boa relação”.