Eduardo Moreira, recém casado, viajou para Europa (Roma e Paris), na quarta-feira, com a mulher, Nicole Rocha. Antes, se reuniu com Raimundo Colombo. Iniciaram conversa sobre passagem de comando do governo em 2018. Conversa não conclusiva.
Os dois acertaram para fechar o assunto depois que Eduardo retornar, no dia 18. Provavelmente, na última semana de outubro.
Eduardo não faz segredo que sua intenção é assumir no início de 2018.
Colombo ouve de políticos do PSD, especialmente o deputado Gelson Merisio, presidente estadual do partido e candidato a governador, que deve passar o cargo, renunciando para se candidatar ao senado, apenas no prazo limite previsto em lei. Abril de 2018.
A data da renúncia de Colombo sempre foi tratada como uma das peças mais importantes a mover no tabuleiro para definir o quadro para eleição de 2018.
Se Colombo passar o governo no início de 2018 para Eduardo, fará um gesto para o PMDB, contrariando intenção de Merisio que é romper com PMDB e fazer aliança com o PP.
Se o governador sair do governo apenas em abril, fará um gesto ao PP, reforçando a posição de Merísio e virando as costas ao PMDB.
Até quinta-feira, o governador tergiversava toda vez que falavam com ele sobre prazo de renuncia.
Primeiro, para não precipitar uma "crise política”. Com o PMDB, ou com Merisio e o PP>
Segundo, porque se Colombo anunciar agira que vai sair no fim do ano, estará antecipando o fim do seu governo. E do se peso politico.
Mas, na quinta-feira à noite, em Urussanga, ele desceu do muro e se posicionou pela primeira vez.
Durante entrevista exclusiva ao repórter Decio Batista, da radio Som Maior, disse que vai passar o comando do governo para Eduardo Moreira apenas em abril de 2018.
Em principio, fez a opção. Fortaleceu Merisio, escanteou o PMDB e estabeleceu as circunstâncias para a eleição.
A regra da prudência, no entanto, recomenda aguardar a volta de Eduardo e a reunião entre os dois. Lá, pode “morrer” o anuncio feito em Urussanga, ou ser confirmado. Mas, o que parece certo é que não vai passar de lá. Principalmente depois do anuncio de Colombo.