Como previsto, a CPI dos Respiradores foi uma “bomba" contra o governador Carlos Moisés. Se já está difícil, ficou muito pior.
O relatório final, pesado, foi aprovado por unanimidade, com mais um pedido de impeachment do Governador.
Em mais de 100 paginas, foram detalhadas as operações indevidas, as irregularidades, e o “esquemão" armado para desviar uma fortuna dos cofres públicos.
Os deputados, na unanimidade, responsabilizam o Governador Moisés por tudo o que aconteceu.
O relatório da CPI foi quase mais cruel que o documento do GAECCO.
Escancarou a face ruim no governo catarinense, que não tem nada de “nova política”, como foi prometido.
Além do “assalto" ao caixa público, a desorganização, o amadorismo e a absoluta falta de controle.
Enfim, uma CPI que não acabou em pizza!
Politicamente, a CPI permite anotações importantes.
Primeira - o pedido de impeachment é apenas do governador; a vice ficou de fora.
Segunda - os deputados do MDB na CPI, Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, votaram a favor do relatório final e a favor do novo pedido de impeachment do Governador; os operadores do Governo contam (ou contavam) com os votos deles contra o impeachment.
Terceira - o deputado do PP na CPI, João Amin, votou a favor do relatório final e do pedido de impeachment; os operadores do Governo também contam (ou contavam) com o voto dele, depois de articulação com o senador Amin.
A semana não é boa. E o tempo vai passando.
O desembargador Luiz César Medeiros negou recurso do advogado Moacir Probst, que representa o Governador Moisés.
A intenção era anular o rito para tramitação do processo de impeachment que foi baixado pela mesa diretora da Assembléia Legislativa.
O mesmo desembargador havia concedido liminar, no mesmo recurso, que suspendeu a tramitação do processo.
A liminar foi derrubada no STF e agora o desembargador julgou o mérito, negando recurso.
Enfim, o rito está mais do que convalidado.