No sul do estado, no fim de semana, fatos importantes da política do estado, que podem encaminhar decisões para montagem do quadro de candidaturas para eleição de 2018.
No PMDB, o deputado Mauro Mariani, presidente estadual do PMDB e candidato a governador, disparou como o seu “inimigo oculto” dentro do partido, o prefeito de Joinville, Udo Dohler.
Durante discurso em Criciúma, no encontro regional do partido, disse que pode até apoiar as candidaturas de Eduardo Moreira e Dario Berger, se não for o candidato do PMDB.
Mas, acrescentou: “menos aquele que não faz partido, que não corre o estado, que é canela de vidro, que não entra em campo pra disputar a bola”.
Não citou o nome, mas se referia ao prefeito de Joinville, que é tratado como candidato no ambiente do partido e fora dele. Inclusive, é dito que Udo pode facilitar a repetição da triplica aliança com o PSD e PSDB.
No PSD, o racha foi evidenciado com o ato político em Braço de Norte, liderado pelo deputado Ricardo Guidi e o ex-deputado Julio Garcia, com prefeitos, vices e vereadores do sul, com a presença do deputado federal João Rodrigues.
Julio e Guidi lançaram a candidatura de João a governador (foto).
Guidi anunciou que todo o PSD do sul, pela consulta que fez na última semana, preferem a candidatura de João Rodrigues.
Julio assegura que João será o candidato do partido ao governo porque faz a policia do bem, leal, é simples e humilde.
Na mesma hora do ato em Braço do Norte, chegava em Criciúma, de helicóptero, o deputado Gelson Merisio, presidente estadual do PSD e candidato a governador. Veio junto com o ex-deputado Paulo Bornhausen para o ato de filiação do empresário Fabio Brizola no PSB.
Ele disse que tem controle absoluto dos votos dos delegados na convenção estadual do PSD, que será o candidato e que vai definir a política de alianças. Voltou a descartar qualquer possibilidade de acordo com o PMDB.
O que representa
Os três fatos apontam para um novo cenário. No PMDB, Mauro sente a “presença" de Udo (ou ameaça) e procura evitar que ele se consolide.
No PSD, a candidatura de João Rodrigues é fato e representa um duplo golpe para Merisio. Primeiro, porque João é do oeste, base de Merisio. Segundo, porque é forte politicamente, é “campeão de votos”. O impasse deve devolver ao governador Raimundo Colombo a condição de comandante do processo no PSD.
Depois da consulta
O ex-deputado Julio Garcia estava inclinado a apoiar a candidatura de João Rodrigues, mas queria antes ouvir os dirigentes do PSD no sul, já que estava afastado da militância política.
Só "abriu o voto”, depois de reuniões em todos os municípios da Amrec e Amesc, e quase todos da Amurel, na semana passada.
Ponte oeste-sul
É a primeira vez que um politico do oeste é lançado pelo sul do estado como candidato ao governo.
O ato de Braço do Norte teve 12 prefeitos, 10 vice-prefeitos e mais de 60 vereadores de 35 municípios do PSD do Sul catarinense, além de mais de mil lideranças da região sul, e também de de Barra Velha, Itapema, Balneário Camboriú e de São Joaquim.
No senadinho
Nas reuniões do PMDB em Ararangua e Criciuma, e sábado no evento da deputada Ada de Luca, o vice-governador Eduardo Moreira declarou apoio e defendeu a candidatura de Mauro Marano ao governo.
No sábado pela manhã, ele levou Mariani ao senadinho de Criciúma (foto).
A posse
No evento da deputada Ada de Luca, no sábado, Eduardo Moreira reafirmou que vai assumir como governador no inicio de 2018.
Mas, disse que falta o governador Raimundo Colombo confirmar a data.