O secretaria de saúde do estado, deputado (e médico) Vicente Caropreso, deve anunciar daqui a pouco, 11h, durante entrevista coletiva em Araranguá, o rompimento do contrato que o governo tem com a SPDM para gestão do hospital regional.
Para o seu lugar, deverá ser contratado, por um período emergencial (até seis meses), o Instituto Maria Schimitt, de Araranguá.
O Instituto é de um grupo de médicos e profissionais da área, liderados pelo ex-administrador do consórcio de saúde dos municípios da Amesc, Ricardo Ghelere.
O Instituto já administra o hospital de Timbé do Sul e esteve em vias de assumir o hospital de Nova Veneza.
Também participou da licitação para estão do hospital infantil Santa Catarina, de Criciúma, mas acabou desabilitado.
O encaminhamento pela troca de gestão se dá pelo inevitável rompimento na relação entre governo do estado e SPDM, que chegou ao ponto da quebra de confiança.
O hospital regional chegou a ser reaberto pela SPDM, depois da determinação judicial, mas de maneira muito precária. Falta medicamentos e insumos básicos.
Não foi feita a reposição, apesar de o contrato estar valendo até maio de 2018.
Como o governo do estado já havia anunciado que não renovaria o contrato, e que faria nova licitação, o anuncio de hoje, se confirmado, será a antecipação do processo.
Enquanto o Instituto Maria Schimitt estiver na gestão por período emergencial, o governo cumpre os procedimentos legais para nova licitação.
Não há motivos para lamentar a saída da SPDM do hospital regional de Araranguá. O seu período de gestão sempre foi marcado por denúncias, cobranças e principalmente falta de transparência no destino dado aos recursos públicos.
Na única vez que os números foram abertos, em 2016, quando a prefeitura tentava municipalizar o hospital, foram identificados supersalários pagos para executivos. Alguns, até três vezes mais do que recebe o governador do estado.
Em números
A SPDM assumiu o hospital regional de Araranguá depois que o governo do estado não renovou o contrato com a Unesc, que administrou por quase uma década.
A Unesc pediu um reajuste (em torno de 10%) e o governo não concedeu.
Acabou contratando a SPDM e paga três vezes mais.