Não se sustentou a decisão do desembargador de plantão do Tribunal Regional Federal que mandou soltar Lula.
Poucas horas depois da decisão do desembrgador Rogerio Fraveto, que mandou Lula, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal, revogou a decisão.
Trecho da decisão de Gebran:
“A decisão proferida em caráter de plantão poderia ser revista por mim, juiz natural para este processo, em qualquer momento, determino que a autoridade coatora e a Polícia Federal do Paraná se abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da 8ª Turma. Considerando a reiteração de pedidos de tal espécie em feitos já examinados por todas as instâncias recursais, o que afastaria, por si só o exame do caso em plantão, avoco os autos e determino o imediato retorno ao meu gabinete onde seguirá regular tramitação”.
O desembargador Rogério Favreto havia decidido conceder liberdade ao ex-presidente Lula, preso desde 7 de abril deste ano em Curitiba.
O despacho determinava a suspensão da execução provisória da pena e a liberdade de Lula.
Trecho da sua decisão:
"Cumpra-se em regime de URGÊNCIA nesta data mediante apresentação do Alvará de Soltura ou desta ordem a qualquer autoridade policial presente na sede da carceragem da Superintendência da Policia Federal em Curitiba, onde se encontra recluso o paciente", diz trecho da decisão.
O desembargador havia acatado habeas corpus apresentado na sexta-feira pelos deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, todos do PT.
Os deputados já estavam na sede da Policia Federal em Curitiba aguardando o cumprimento da decisão.