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Morde o menor, assopra o maior. E viva a impunidade!

Por Adelor Lessa 01/11/2017 - 13:37 Atualizado em 01/11/2017 - 14:37

Na semana passada, o ex-governador carioca Sergio Cabral, o "rei" dos pilantras, lider isolado no ranking do enriquecimento ilicito por conta do erário público, mesmo preso, teve a petulância/ousadia de afrontar um juíz federal que o interrogava, falando da sua família, de negocios dos seus parentes, numa evidente forma de ameaça. 

O juiz não se apequenou. Como punição/represália, mandou Cabral para um presidio federal, de segurança máxima. Longe do Rio.

Os advogados de Cabral tentaram derrubar a decisão no Tribunal Regional Federal, mas deram com os burros n'água. A decisão foi mantida.

Foi aí que entrou em campo o "chapolin colorado" dos grandes pilantras, ministro Gilmar Mendes, do STF.  Ele derrubou a sentença do juiz, deixando Cabral onde está.

E, por conseqüência, alimenando a petulância do ex-governador. Que deve estar esbravejando atrás das grades: "viu quem manda?!".

Em contrapartida, está no G1 agora à tarde:

"Delator da J&F ofende agente e é levado para isolamento na Papuda - Ricardo Saud deve ficar 10 dias no Pavilhão Disciplinar, sem televisão e visitas".

Nada a favor do tal Saud, muito pelo contrário. Só vale registrar que neste caso prevaleceu "regra diferente para casos semelhantes". 

Saud foi para o isolamento, e ponto. Não apareceu nenhum "chapolin" para salvá-lo.

É fato que Saud não tem o mesmo "peso" do Cabral, nem a influência política.

E é por estas e tantas outras que estão acontecendo, que fica a impressão que a eficácia de ações contra a roubalheira vai diminuindo, se esvaindo, prataicamente escapando pelos dedos, enfraquecida a cada dia por contra-ordens quando chega no último andar do poder!  

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