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O erro de Eduardo na preparação para eleição de outubro

Por Adelor Lessa 03/05/2018 - 07:48 Atualizado em 03/05/2018 - 07:48

As demissões de comissionados (cargos de confiança) na secretaria regional de Criciúma e em todas as outras, feitas pelo governador Eduardo Moreira, MDB, numa canetada só, produziram ruídos e reações no ambiente politico durante todo o dia de ontem. 

Teve aliados e correligionários reclamando. Afinal, foram desligados "cabos eleitorais” do próprio MDB, e do PSD, que estavam acomodados em bons cargos, como “medida compensatória" pelo empenho nas eleições. Passadas e futuras.

Mas, no ambiente externo, de acordo com voz das ruas, a “tesourada" pegou bem. 

Porque o cidadão contribuinte quer o enxugamento efetivo da máquina, aplaude todo corte de privilégios e repudia o uso dos poucos recursos públicos para alimentar esquemas político-eleitorais.

A rigor, desde que assumiu o governo, em fevereiro, Eduardo vem se movimentando muito bem, projetando para a candidatura a reeleição.

Ele fechou 15 secretarias regionais, demitiu quase 500 comissionados, reduziu r$ 3 milhões em despesas com folha, rediscutiu contratos (conseguindo cortar em alguns casos até pela metade do valor a pagar).

Mas, cometeu um erro politico que pode lhe fazer falta lá na frente.

O erro tem nome e sobrenome- Udo Döhler.

Udo queria renunciar a prefeitura de Joinville para disputar a eleição. Estava motivado, com discurso na ponta da língua. Queria ser candidato a governador. 

Mas, foi falar com Eduardo, que não o estimulou. Jogou uma ducha de água gelada. 

Sem apoio, ou pelo menos uma sinalização, o prefeito ficou onde estava. Desistiu da renúncia.

Udo seria o novo na eleição, apesar dos seus quase 80 anos. Tem o perfil que o eleitor busca.

Com ele ao seu lado, Eduardo ficaria mais forte nas negociações com outros partidos.

Além disso, daria uma luz alta no senador Palo Bauer, PSDB, e no deputado Mauro Mariani, MDB.

Nenhum dos dois enfrentaria Udo nas urnas.

No final das contas, se Eduardo se firmasse nas pesquisas como opção eleitoral viável, Udo poderia ser candidato a vice ou a senador.

Mas, se Eduardo não conseguisse dar a volta na crise do estado, ou não decolar como candidato, Udo seria candidato a governador com todos os predicados para se colocar no segundo turno e disputar eleição com reais possibilidades.

Enfim, Eduardo se deu ao luxo de deixar um craque no banco.

 

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