Governador Carlos Moisés não participa mais todo dia na live do coronavírus, convidou para almoço reservado na Agronômica o deputado Júlio Garcia (presidente e principal liderança da Assembléia), mandou assinar contrato para repasse de parte da receita da Casan em Criciuma para a prefeitura (prefeito Salvaro pedia isso faz mais de ano) e instituiu um "telefone vermelo" para contato direto/aberto com os deputados.
Além disso, recebeu o presidente da Federação Catarinense de Futebol e os dirigentes do Sindicato das empresas de ônibus. E vai passar a fazer despachos no Centro Administrativo, não ficando mais apenas no Palácio da Agronômica.
São alguns dos movimentos feitos durante a semana, depois da posse do novo chefe da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, que confirmam a decisão do governo de mudar o jeito de fazer.
Como estava fazendo, o governo se isolou. Não tinha votos na Assembléia para barrar a abertura do processo de impeachmenr. Estava se encaminhando para o fim de forma antecipada.
Na nova postura, que passa a ter a digital do novo chefe da Casa Civil, o governo promete deixar de ser dono da razão, garante que vai ouvir mais e partilhar decisões.
Em suma, vai ser mais democrático, transparente e respeitoso.
A missão principal de Amândio, que é reverter a onda a favor do impachment, não é fácil. Era impossível até o fim de semana. Hoje, já se pode dizer que tem uma luz no fim do túnel. Mas, se fosse colocado em votação hoje, ainda passaria o afastamento do Governador.
O governo deve passar a ser mais rápido nas decisões. É o que está acertado.
Mas, a demissão do diretor do porto de São Francisco envolvido no "contrato dos pombos", foi decidida ontem pela manhã, e ainda não foi consumada.
É um processo que está apenas começando. Tem muito por fazer. Mas, o fato é que o Governador Moisés foi convencido da necessidade e assumiu compromisso de aceitar as mundaças necessárias. Quem começam por ele.