O governador eleito, Jorginho Mello, deve anunciar, na quarta ou quinta-feira, novos secretários. Não deve anunciar nenhum político, pelo menos, político com mandato não deve entrar no seu secretariado nesta nova lista que será anunciada.
Serão nomes técnicos e reconhecidos, mas com trânsito político. Esse é mais ou menos o perfil dos novos nomes que vêm na lista de secretariado de Jorginho Mello.
Portanto, ninguém de Criciúma, pelo menos, até agora. Volnei Weber, deputado estadual do MDB, que foi especulado para a Secretaria de Infraestrutura, está fora da lista. Ele não tem apoio nem da bancada do partido.
Há uma intenção de Jorginho em não colocar deputado no secretariado. Otmar Müller, citado para a presidência da SCGás, não está descartado, mas não se falou mais. É uma opção técnica, sem ligação política, mas não se falou mais. Pode ser que sim, pode ser que não.
Jorginho tentou dois nomes fortes, reconhecidos, impactantes, fora do ambiente político, para compor o seu secretariado. Um na área de infraestrutura, outro para a social. Os dois reagiram. Um mais, o outro, não curtiu a ideia. Mas Jorginho continua insistindo com os dois nomes. Se conseguir, será de repercussão.
Diplomação do Lula
A posse, no dia 1°, é apenas um rito. Hoje, o Lula foi diplomado presidente. O Alckmin, vice-presidente. Ele já tem as vantagens do presidente, por exemplo, o foro privilegiado, imunidade. Bolsonaro não tem mais.
Lula fez um discurso com críticas ao Bolsonaro e ao governo que vai suceder. E deu destaque no seu discurso para a vitória da democracia. O restabelecimento da democracia. E a derrota a forças políticas que queriam quebrar princípios democráticos.
O discurso mais contundente foi do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. No seu discurso, ele disse: "Essa diplomação atesta a vitória plena da democracia e do estado democrático de direito contra os ataques antidemocráticos, desinformação e contra os discursos de ódio proferidos por grupos organizados já identificados que serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições".
Ou seja, Lula terá tempo difícil, principalmente, no seu início de mandato, com Haddad na Fazenda, que tem reações, mas Bolsonaro e os bolsonaristas terão mais tempestades pela frente a partir de agora, com certeza.
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