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Pesquisa IPC em Criciúma: Recuperação de Eduardo e força de Bolsonaro

Por Adelor Lessa 17/04/2018 - 08:07 Atualizado em 17/04/2018 - 08:08

A primeira informação importante trazida pela pesquisa do Instituto IPC é a recuperação política de Eduardo Moreira, PMDB, em Criciúma. Ele venceu com folga em todas as simulações em que foi incluído como candidato a governador.

Quando foi confrontado com Paulo Bauer, PSDB, apareceu com 26,24% contra 11,04% do tucano. Mais que o dobro. Mas, foi o que chegou mais perto.

Decio Lima, PT, teve 7,04%.

Gelson Merisio, PSD, teve pouco mais de 3% numa simulação e 2,4% na outra. Outros nomes citados ficaram em torno de 1%.

Considerando que é “da terra”, foi prefeito da cidade e deputado federal de dois mandatos, o favoritismo de Eduardo poderia ser considerado natural. Não merecia nem destaque.

Mas, Eduardo viveu momentos difíceis na política de Criciúma, teve imagem muito abalada e crédito comprometido.

Teve que trabalhar muito para reverter a situação. Com habilidade, muita conversa e determinação. Resolveu as “encrencas" que tinha com outros políticos e com a justiça.

Hoje, não é alvo em nenhum processo, não tem político em Criciúma que o ataque e passou a ser portador de boas notícias. Conseguiu virar a página. Vive nova fase.

A história conta que Tancredo Neves, quando se preparava para disputar a presidência da república no colégio eleitoral, foi cobrado por Franco Montoro porque ele não saía de Minas Gerais. Precisava correr o país. Tancredo respondeu: “não serei forte lá fora, enquanto não estiver forte em Minas”.

Eduardo precisava se fazer forte em Criciúma para ter condições políticas de correr o estado em busca de apoio para sua candidatura ao governo.

Quanto a disputa presidencial, O sentimento das ruas está estampado na pesquisa. A força de Jair Bolsonaro, PSL. Ele tem entre 31% e 32%.

Quem chegou mais perto dele foi Lula, PT, com 16%. Mas quando o candidato do PT foi Fernando Haddad, não chegou a 1%.

Depois de Lula, quem chegou mais perto foi Marina Silva, Rede, entre 6,2% e 8,3%.

A força de Esperidião

A pesquisa mostra a força eleitoral de Esperidião Amin, PP, em Criciúma. Nas simulações em que foi incluído ficou na faixa de 28% das intenções de voto. Mas, isso é normal em Criciúma. Esperidião sempre foi muito forte na região.

Paulo Bauer foi o que mais se aproximou, com 11,52%.

Mauro Mariani, o candidato do PMDB incluído nestas simulações, não chegou a 2%.

Décio Lima, PT, oscilou entre 4,9% e 6,8%.

Sem Joaquim

A pesquisa não incluiu em nenhuma simulação sobre a disputa presidencial o ex-ministro Joaquim Barbosa, PSB.

A sua candidatura ainda não estava colocada quando foi definido o questionário e encaminhado para registro na justiça eleitoral.

Baixos índices

Chega a surpreender os baixos índices do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, PSDB. Fica entre 2,7% e 3,04%. Insignificante!

É o candidato do partido que quase ganhou a eleição presidencial em 2014, já disputou a presidência da república, tem o apoio declarado de políticos importantes do estado e foi quatro vezes governador de São Paulo.

Mas, isso é um pouco do quadro nacional. Alckmin parece estar pagando a conta do desgaste do PSDB. Ou, por não trazer nada de novo.

Não lembra do voto!

Chama a atenção, e deveria levar à reflexões, dois números apurados pela pesquisa.

1 - 76,32% não lembra em que votou para deputado federal. 2 - 79,84% não lembra em quem votou para deputado estadual.

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