A primeira informação importante trazida pela pesquisa do Instituto IPC é a recuperação política de Eduardo Moreira, PMDB, em Criciúma. Ele venceu com folga em todas as simulações em que foi incluído como candidato a governador.
Quando foi confrontado com Paulo Bauer, PSDB, apareceu com 26,24% contra 11,04% do tucano. Mais que o dobro. Mas, foi o que chegou mais perto.
Decio Lima, PT, teve 7,04%.
Gelson Merisio, PSD, teve pouco mais de 3% numa simulação e 2,4% na outra. Outros nomes citados ficaram em torno de 1%.
Considerando que é “da terra”, foi prefeito da cidade e deputado federal de dois mandatos, o favoritismo de Eduardo poderia ser considerado natural. Não merecia nem destaque.
Mas, Eduardo viveu momentos difíceis na política de Criciúma, teve imagem muito abalada e crédito comprometido.
Teve que trabalhar muito para reverter a situação. Com habilidade, muita conversa e determinação. Resolveu as “encrencas" que tinha com outros políticos e com a justiça.
Hoje, não é alvo em nenhum processo, não tem político em Criciúma que o ataque e passou a ser portador de boas notícias. Conseguiu virar a página. Vive nova fase.
A história conta que Tancredo Neves, quando se preparava para disputar a presidência da república no colégio eleitoral, foi cobrado por Franco Montoro porque ele não saía de Minas Gerais. Precisava correr o país. Tancredo respondeu: “não serei forte lá fora, enquanto não estiver forte em Minas”.
Eduardo precisava se fazer forte em Criciúma para ter condições políticas de correr o estado em busca de apoio para sua candidatura ao governo.
Quanto a disputa presidencial, O sentimento das ruas está estampado na pesquisa. A força de Jair Bolsonaro, PSL. Ele tem entre 31% e 32%.
Quem chegou mais perto dele foi Lula, PT, com 16%. Mas quando o candidato do PT foi Fernando Haddad, não chegou a 1%.
Depois de Lula, quem chegou mais perto foi Marina Silva, Rede, entre 6,2% e 8,3%.
A força de Esperidião
A pesquisa mostra a força eleitoral de Esperidião Amin, PP, em Criciúma. Nas simulações em que foi incluído ficou na faixa de 28% das intenções de voto. Mas, isso é normal em Criciúma. Esperidião sempre foi muito forte na região.
Paulo Bauer foi o que mais se aproximou, com 11,52%.
Mauro Mariani, o candidato do PMDB incluído nestas simulações, não chegou a 2%.
Décio Lima, PT, oscilou entre 4,9% e 6,8%.
Sem Joaquim
A pesquisa não incluiu em nenhuma simulação sobre a disputa presidencial o ex-ministro Joaquim Barbosa, PSB.
A sua candidatura ainda não estava colocada quando foi definido o questionário e encaminhado para registro na justiça eleitoral.
Baixos índices
Chega a surpreender os baixos índices do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, PSDB. Fica entre 2,7% e 3,04%. Insignificante!
É o candidato do partido que quase ganhou a eleição presidencial em 2014, já disputou a presidência da república, tem o apoio declarado de políticos importantes do estado e foi quatro vezes governador de São Paulo.
Mas, isso é um pouco do quadro nacional. Alckmin parece estar pagando a conta do desgaste do PSDB. Ou, por não trazer nada de novo.
Não lembra do voto!
Chama a atenção, e deveria levar à reflexões, dois números apurados pela pesquisa.
1 - 76,32% não lembra em que votou para deputado federal. 2 - 79,84% não lembra em quem votou para deputado estadual.