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Postura de Eduardo, fim da greve, gasolina nos postos e mais da coluna

Por Adelor Lessa 01/06/2018 - 05:54 Atualizado em 01/06/2018 - 09:08

O movimento acabou em Santa Catarina na quarta-feira, quando a volta à normalidade foi assegurada. Ontem, foi o desdobramento. Cumprimento de providências.

Mas, tivemos momentos delicados durante a semana, conseqüência do que acontecia no pais. Na segunda-feira, foi real o risco de derivar para a inconstitucionalidade.

O governador Eduardo Moreira teve postura elogiável no episódio.

Conversou quando era preciso, porque tratava-se de um movimento justo, legitimo, procedente, carregado de causas e razões.

Mas, soube endurecer e elevar o tom quando o movimento passou da hora, saiu do foco, e estava prejudicando a população.

O desvio de foco se deu quando os caminhoneiros perderam o controle do movimento.

O comando ficou por conta de agentes estranhos à categoria, que queriam o agravamento da crise.

Tanto é que dos 23 que foram presos, nenhum é caminhoneiro.

Há registro inclusive de sequestro de caminhoneiros.

O grupo que o governador Eduardo Moreira montou para monitorar a crise e alinhar ações fez bom trabalho. Destaque para o coronel Araujo Gomes, comandante geral da policia militar, tecnicamente muito preparado.

Hoje, Eduardo vai se reunir com dirigentes de entidades que representam o setor produtivo e autoridades do estado para um balanço da operação bem sucedida.


Transportadora multada

Uma transportadora de Criciúma, a Transportes Itália, foi multada em r$ 800 mil por não respeitar o desbloqueio das rodovias federais durante a greve dos caminhoneiros. Foram duas multas de r$ 440 mil. 

As multas foram aplicadas pela Advocacia Geral da União, a AGU.

No total, foram oito transportadoras multadas no estado. Somadas, as multas totalizaram r$ 22 milhões. 


A conta

O estado começa a fechar as contas do prejuízo. Que é grande. Bilionário.

Pesquisa da Fiesc aponta que 70% das indústrias tiveram prejuízos. 

A Federação do comércio calcula que 80% das empresas tiveram perdas.

Mas, passou. Agora, tem que correr atrás para compensar as perdas e aprender as lições.


As filas

As filas eram gigantescas nos postos de gasolina quando o abastecimento começou a ser restabelecido em Criciuma. Desde quarta-feira à noite, e principalmente ontem pela manhã.

Mesmo com a informação que em algumas horas, todos os postos teriam combustível.

Era algo insano.

A propósito, a corrida as supermercados e postos neste episódio, é algo que precisa ser avaliado, pensado, discutido.


Em números

As forças policiais do estado rodaram nestes dias de crise, 95 mil quilômetros.

Os helicópteros do SAER fizeram 27 horas de vôos.


A volta da ditadura

O pior do movimento dos caminhoneiros foi trazer volta o discurso de apoio à ditadura militar. Como se fosse a solução mágica para todos os problemas. Que não é.

A intervenção militar não veio, primeiro porque os militares não se prepararam para isso, como em 1964. Quando ficaram dois anos se preparando para assumir.

Mas, a intervenção militar também não veio porque não tinha clima. 

Em 64, a igreja apoiou o golpe, assim como toda a mídia, o povo na rua, o empresariado. Hoje, não tem nada disso.

Também teve em 64 o apoio de fora, de outros países. Hoje, um golpe militar (ou intervenção militar, que é a mesma coisa) teria a condenação da comunidade internacional. O Brasil ficaria isolado.


O risco

Em Brasília, ontem, foi revelado para compensar as concessões feitas aos caminhoneiros o governo de Michel Temer fará cortes em recursos previstos para obras nas estradas do país.

A medida provisória que trata do assunto tirou r$ 371 milhões de 40 obras do DNIT, em 21 estados e o distrito federal.

Pode estar na lista de cortes os recursos da Br 285, na Serra da Rocinha.

 
Bom exemplo

Ontem, desde cedo, dezenas de pessoas estavam envolvidas no centro de Criciúma preparando os tapetes para a procissão de Corpus Christi. Tudo muito bonito. Uma tradição católica que se mantêm.

No bairro Boa Vista, um bom exemplo. Sob coordenação do padre Eloir, os tapetes foram montados em cima de plástico.

Depois da procissão, todo o material era recolhido com o plástico e colocado no caminhão. Em minutos, estava tudo limpo.

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