O depoimento do prodessor Luiz Felipe Ferreira, chefe da Controladoria Geral do Estado, na CPI dos Respiradores, hoje a tarde, na Assembléia, teve o efeito de uma bomba. Ou, mais uma.
Chegou a ponto de o professor, enquanto era interpelado pelo deputado João Amin, ter dito que "foi identificado o roubo". Minutos depois, ele pediu para substituir "roubo" por "ilícito". Mas, ficou o que estava na "ponta da língua".
O controlador foi duro com o ex-chefe da Casa Ciivl, Douglas Borba. Mas, também complicou situação do ex-secretário da saúde, Helton Zeferino.
Disse que foi constrangido por Douglas para dar seqüência no processo dos respiradores como ele queria e outras compras durante a pandemia.
O depoimento foi um verdadeiro "tiroteio" contra o controlador, que efetivamente não controlou.
O professor Luiz Felipe acabou ratificando a gravidade da situação, que o processo estava totalmente viciado, que há uma situação de descontrole, e que se trata do maior escândalo da gestão pública de Santa Catarina.
Os outros depoimentos, especialmente do chefe de licitações, complicaram a situação do ex-secretário de saúde, Helton Zeferino, e do atual secretário, André Ribeiro, na época adjunto.
Vai se confirmando o que sempre se diz sobre CPIs - que todo mundo sabe como elas começam, mas ninguém imagina como vão terminar.
A situação do Governo Moisés só piora. A cada depoimento.
O que surpreende é a postura passiva do governador Moisés, que ainda tenta minimizar/relativizar os fatos, e defender os acusados/enrolados. Fez isso com Helton Zeferino e Douglas Borba, que só saíram (por demissão a pedido) quando a situação ficou insustentável, e faz agora com André Ribeiro.
Imaginava-se um Governador Moisés indignado, enfurecido, contra os que abusaram da sua confiança para encaminhar o mal feito, o indevido.
Aquilo que o controlador tratou como "roubo".