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Banco Central vai subir a Taxa Selic para 13,25% ao ano

Posso estar errado? Posso! Mas não contaria com isso

Por Arthur Lessa 29/01/2025 - 07:45 Atualizado em 29/01/2025 - 07:50

"Os juros são a válvula de segurança da economia."
(Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve)

Copom do Banco Central vai subir a Taxa Selic para 13,25% ao ano. 

Essa vai ser a manchete de economia do fim do dia de hoje. 

Posso estar errado? Posso! Mas não contaria com isso.

Não que eu tenha bola de cristal, mas sim porque o próprio COPOM (Comitê de Política Monetária) antecipou esse movimento na ata da última decisão, em 11 de dezembro, quando elevou em 1% a taxa básica de juros do Brasil.

Está lá no parágrafo 22 da ata da reunião. "Em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões". Ou seja... Estamos falando de subir hoje para 13,25% e para 14,25% em 19 de março.

O cenário citado é de piora na inflação no curto e médio prazo, que é o que estamos acompanhando. 

O IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, acumulado nos últimos 12 meses em 4,83%, rompendo os 4,5% do teto da meta, e expectativa do mercado, registrada no Boletim Focus, de fechar o ano com o IPCA em 5,5%.

Outro fator que tem impactado muito no movimento dos juros é a gestão do Governo com o seu dinheiro. A união da política fiscal expansionista, no estilo "gasto é vida", com as pataquadas dos anúncios recentes, como o Imposto de Renda junto ao pacote de gastos e a polêmica do pix criam insegurança e incerteza, que atrapalham muito a correção de rota necessária.

Esse descontrole demanda o aumento na dose do remédio, que é a Selic. Juros mais altos significam desaquecimento da economia, que significa redução da inflação. É baixar a febre na marra para que o corpo possa trabalhar em cima da causa da doença.

E vale lembrar que hoje é a chamada Super Quarta, que acontece quando a reunião do Copom coincide com as decisões de juros dos EUA. A expectativa por lá é que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, mantenha as taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. A inflação parece sob controle, mas o ambiente econômico tem muitas incertezas.

Falando de Bolsa, o Ibovespa fechou ontem a 124.055,5 pontos puxado pela queda de quase 2,5% da Vale e o dia não deve ter impacto da decisão do Copom, tendo em vista que o Mercado é unânime em esperar o aumento de 1%, colocando a Selic em 13,25%.

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