Ontem aqui no Almanaque da Bola falei de passagem sobre o Campeonato Pan-Americano de 1956 disputado na Cidade do México. O Brasil foi representado por uma seleção com jogadores que atuavam apenas no Rio Grande do Sul. Sob o comando do polêmico técnico Teté o Brasil foi o campeão.
O campeonato que teve a participação de seis seleções: México, Costa Rica, Argentina, Brasil, Chile e Peru foi disputado em turno completo jogando todos contra todos.
A seleção brasileira venceu invicta com quatro vitória e um empate. Derrotou o Chile por 2x1, o Peru por 1x0, o México por 2x1 e Costa Rica por 7x1. Empatou apenas seu último jogo em 2x2 com a Argentina que ficou em segundo com sete pontos, dois atrás do Brasil.
O artilheiro da seleção brasileira foi Larry Pinto de Farias que marcou cinco dos 14 gols da seleção.
No jogo contra o Peru um lance inusitado. O Brasil vencia por 1x0 e os peruanos dominavam o jogo no segundo tempo ameaçando a vitória brasileira. O massagista Moura entrara em campo para atender Ênio Rodrigues e ainda estava por perto da área quando o atacante peruano Félix Castillo driblou três brasileiros e estava frente à frente com o goleiro Sérgio na iminência de marcar o gol de empate.
Moura, da linha de fundo, simplesmente lançou sua maleta nas pernas do peruano que caiu e não conseguiu chutar para o gol. A partida foi interrompida, houve socos e pontapés, Moura foi expulso, mas seu gesto anti-desportivo diminuiu o ímpeto dos peruanos e o Brasil manteve a vantagem até o final.