Grande Prêmio da Itália de F1, em Monza.
Chuvarada no sábado e corrida fantástica de Lewis Hamilton no domingo. Quem segura esse homem?
Realmente na F1 não se consegue apontar um campeão vendo apenas as primeiras corridas. Vettel parecia ser o candidato ideal a título, com uma Mercedes boa de treino e uma Ferrari espetacular na corrida. Hamilton cresceu muito esse ano e a cada prova vem mostrando porque ele merece ser tratado como um dos maiores pilotos da história, batendo recordes atrás de recordes.
O recorde da vez foi o de pole-positions. Depois de ter igualado a marca de Schumacher no GP da Bélgica, o britânico se tornou sozinho - debaixo de uma forte chuva - o piloto que mais vezes largou na primeira posição, em 69 ocasiões.
Falando em treino: que sessão mais demorada, hein?! Após o carro de Grosjean aquaplanar, acertar o muro e abandonar a classificação, o treino foi paralisado por mais de DUAS HORAS! Deu tempo de o Sérgio Maurício e a equipe da Sportv mostrar toda a história da F1, no quadro “Túnel do Tempo”.
Mas aí vem a indignação do fã de automobilismo: Com os carros modernos e superseguros que existem hoje, por que não se pode encarar uma chuva? Tudo bem, por conta do acidente de Jules Bianchi em 2012, o Charlie Whiting - diretor de prova – ficou um pouco traumatizado em liberar corridas na chuva. Mas esse é o espírito da F1, viver sob o perigo, era isso que fazia James Hunt gostar de correr, foi por esses motivos que Senna se tornou o rei da chuva e Fangio se tornou um ícone do esporte.
E quem diz isso não são apenas nós fanáticos por esportes a motor. Alain Prost, que estava nos boxes da Renault afirmou que em seu tempo se corria nessa chuva. Verstappen, um dos grandes nomes da nova geração também se mostrava insatisfeito (mas esse aí nunca está satisfeito com nada). A chuva parou e os carros voltaram a pista. Ela voltou ainda mais forte no Q3 e mesmo assim continuaram a correr. O inglês da Mercedes mostrou que é superior inclusive nas piores condições, fazendo uma volta fantástica e vencendo o duelo com as Red Bulls.
Em um domingo mais calmo, as Mercedes dominaram. Vettel, depois de largar em sexto, conseguiu um lugar no pódio, em contrapartida perdeu a liderança do campeonato. Ricciardo foi grande nome da corrida: largou em 16º, fez uma estratégia ousada - largando de pneus macios e colocando os supermacios apenas na volta 36 – e terminou a prova em quarto.
Agora Hamilton lidera o campeonato com 238 pontos, três à frente de Vettel. A F1 volta daqui duas semanas em Singapura, sendo as Ferraris as grandes favoritas a saírem de lá na frente, por conta do histórico ruim dos Flechas Prateadas por lá nos últimos anos. Veremos o que acontecerá nos próximos capítulos dessa novela inacabável entre Hamilton e Vettel.
Por Thiago Ávila