Jogar feio também vale
Pelos seus mais de 70 anos de história, o Criciúma chegou num estágio onde o que menos importa no momento é jogar bonito. Na carona desse pensamento vem outro clichê do futebol: o que vale são os três pontos. E não é questão de pensar pequeno. É simplesmente a maneira mais sensata de enxergar o momento do clube. O Tigre não pode cair, então a maneira que as vitórias são conquistadas não interessa. O importante é escapar matematicamente do fantasma da Série B do Catarinense. A vitória sobre o Avaí, independentemente das circunstâncias que aconteceu, foi o grande feito do Tigre na competição. Uma virada que tira um peso das costas dos jogadores até o jogo de domingo, contra o Inter de Lages, às 16h, no Majestoso.
A cara do Tigre
Enquanto ouço as entrevistas do Criciúma, no acompanhamento feito pelo repórter Denis Luciano, fico atento às colocações dos jogadores e a maneira que eles se comportam ao microfone. Tenho notado uma maturidade e identificação com o Tigre impressionante, do volante Jean Mangabeira. Esse garoto merece uma sequência maior. Não só pelo jeito que se comunica, obviamente, mas pela bola que tem jogado. É aquele cara de “sangue nos olhos”, ao melhor estilo Henik de 2013.
Mudança à vista
Ficou a impressão de que a saída do volante Barreto foi determinante para uma melhora do Criciúma diante do Avaí. A virada também passou por uma acomodação natural do Leão, que vem de uma desgastante campanha na Copa do Brasil. Se Argel optar pelo 4-1-4-1, já diante do Inter, acredito que Barreto pode perder espaço. Esse é um sentimento meu, pois quem manda é o Argel Fucks.
Importância do gol
Lucas Coelho tem um jeitão tranquilo, tanto para jogar como para conceder entrevistas. Essa calma ajudou na hora de dar a vitória ao Tigre em Florianópolis. Quando um reserva marca um gol, podem acontecer duas situações: o treinador passar a ter dúvida na titularidade do centroavante ou o técnico no mínimo ganha tranquilidade pela ótima opção que tem no banco. Parece pouco, mas isso é muito importante para o Tigre nesta final.
Amanhã tem Seleção
A 84 dias do começo da Copa do Mundo da Rússia, o Brasil faz nesta sexta-feira um grande teste, diante dos anfitriões da competição. Sem Neymar, Tite quebra a cabeça para fazer o time nacional jogar. Ultrapassar essa “dependência” de Neymar é um baita desafio. E o cara certo para isso é o Tite!!
Destaque A Tribuna
Joinville ressurgiu na reta final do Catarinense, após a chegada do técnico Matheus Costa. Empatou com o Hercílio Luz, fora, e superou o Figueirense, em casa, derrubando a invencibilidade do vice-líder do Catarinão. A troca de treinador por lá fez bem. É um presságio pensando na Série C do Brasileiro.
Nota Zero
O fato de o Praião ter que depender de um julgamento da final através da Comissão Disciplinar da Liga Atlética da Região Mineira (LARM) mostra um despreparo da organização do evento à beira mar. É algo a se reavaliado para próximas edições.