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Mazelas expostas no começo da temporada

Por Marco Búrigo 30/01/2018 - 11:45 Atualizado em 30/01/2018 - 14:50

Mazelas expostas no começo do ano 

Não havia clima e sequer respaldo da direção para a continuidade do técnico Lisca no Criciúma Esporte Clube. As saídas de Chumbinho e do preparador físico Felipe Célia já indicavam alguma instabilidade nos corredores do Majestoso. Bastou o primeiro revés impactante para expor as mazelas do clube. A falta de uma estrutura profissional falou mais alto e a troca de técnico antes de acabar o primeiro mês do ano ficou inevitável. A grande dúvida do momento gira em torno de quem será o profissional capaz de mudar o rumo das coisas no Tigre. É provável que nem a direção saiba, muito menos o presidente Jaime Dal Farra. 

Depois do diretor e o preparador físico, foi a vez do técnico Lisca pedir para sair (Foto: Reprodução TV Litoral)



Inexperiência 

Quando cito a direção do Criciúma, me refiro ao Mikael Dal Farra e ao Emerson Almeida. Convenhamos, uma torcida como a do Tigre ficar dependendo de nomes sem o mínimo de experiência no mundo do futebol é doloroso. Até acredito que Almeida tenha capacidade de fazer parte do processo, mas o filho do presidente está ali porque entende de futebol? Por favor, não me venham com a história do homem de confiança da presidência. 

Incapacidade 

O próprio Chumbinho citou o nome de Mikael Dal Farra numa das entrevistas que concedeu após a saída do Criciúma. O então diretor-executivo disse que a estrutura de futebol do clube era boa e que tinha uma expectativa positiva em torno do trabalho no Tigre. A verdade é que Chumbinho fez a política da boa vizinhança, preferindo não expor o clube naquela oportunidade. 

Não era hora 

É óbvio que chega a parecer insanidade pensar em trocar de técnico após quatro rodadas do Campeonato Catarinense, mas o motivo da mudança não passa por uma questão técnica. O ambiente ficou insustentável. O estilo de Lisca confrontou com o amadorismo da gestão. A discussão em Tubarão foi latente e não deixou dúvidas sobre a fragilidade do clube no atual momento da competição. 

Salvador da pátria 

Em 2017, Dal Farra achou no técnico Luiz Carlos Winck a figura do “salvador da pátria”. O treinador, que atualmente lidera o Gauchão pelo Caxias, fez um verdadeiro milagre na Série B. Mas e agora em 2018, quem será o profissional capaz de fazer o clube entrar no caminho das vitórias? Não há uma margem grande para novos erros. 

Falta de qualidade 

É bom sermos realistas em relação ao elenco do Criciúma. A falta de qualidade é evidente. O jogo conta o Atlético Tubarão mostrou o quanto a primeira linha defensiva é fraca. O zagueiro Ianson está numa fase horrível, assim como o lateral Chico. Tem torcedor preocupado até com o rebaixamento no Estadual. Acredito que seja um exagero temer um descenso. 

Destaque A Tribuna 

Destaque para os torcedores do Criciúma que foram até o jogo de Tubarão. Alguns ainda tiveram que encarar uma demora pelo ingresso, perderam o começo da partida, mas não deixaram de torcer pelo Tricolor. São esses torcedores, especialmente, que merecem um time melhor. 

Nota Zero 

Tivemos algumas “lambanças” da arbitragem nesse começo de Campeonato Catarinense. A mais recente foi em Lages, onde a árbitra assistente Giselle Cazarill viu um impedimento onde não existiu, num lance que terminou em gol do Hercílio Luz, diante do Internacional. O lance mal anulado prejudicou o Leão do Sul e custou a derrota na Serra.

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