The End of the F ** ing World:
É a mais recente coqueluche do Netflix, com tudo o que isso implica: ser amada por uns e odiada por outros.
Para muitos, The End of the F ** ing World estranha-se, depois entranha-se, para outros, entranha-se assim que se percebe que a história é contada naquele estilo indie absurdo a que as produções britânicas nos têm habituado.
A série tem sido constantemente comparada a Submarine, de Oliver Tate, ou a Juno que, sendo um filme canadiano/norte-americano, aproxima-se em tudo do género pela abordagem peculiar e o enredo sarcástico.
Jonathan Entwistle é o jovem realizador por trás desta produção. Aluno do movimento cinematográfico de Chelsea, aos 33 anos, o seu repertório conta essencialmente com curtas-metragens e trabalhospublicitários. Entre eles está também TEOTFW – para The End of the F *** ing World –, mini-filme televisivo de 2014 que acabou por servir de episódio-piloto da série. Na altura, o filme foi protagonizado por Craig Roberts, ironicamente, o imberbe protagonista de Submarine, acima referido. Mas em 2017, o elenco da série também não desilude, antes pelo contrário, é grande parte do seu sucesso.
The End of the F ** ing World conta-nos a história de James, um jovem de 17 anos que acredita ser psicopata e que tem o sonho de matar alguém, e de Alyssa, uma colega de turma rebelde, mal humorada, que vê em James uma hipótese de escapar da sua actual vida pessoal.
Alyssa parece ser a vítima perfeita para James, James parece ser a companhia ideal para Alyssa escapar à sua rotina aborrecida.
A série é uma adaptação do livro de banda desenhada de Charles Forsman com o mesmo nome, que já tinha tido uma versão televisiva, mas nem de perto com este sucesso. Talvez por ter Charlie Covell responsável pelo argumento. A actriz britânica é uma autêntica revelação a atacar e reinterpretar a obra de Forsman.
Talvez seja pela fotografia ou pelo facto de a banda sonora ser maravilhosa e da autoria do co-fundador dos Blur, Graham Coxon. The End of the F *** ing World tem uma pontuação de 100% no Rotten Tomatoes e desde que chegou ao Netflix que a imprensa especializada não tem feito mais nada a não ser especular acerca de uma segunda temporada.
Você pode até não gostar da série, com capítulos rápidos de no máximo 20 minutos, mas lhe garanto que a trilha sonora é algo que faz voce se perguntar "wow, qual será a próxima?!?"
ficou curioso(a)...então ouça! lembrando que algumas delas também pode-se ouvir na programação aqui da Som Maior no Programa Som Maior NO AR.