Matriz é, provavelmente, o disco mais surpreendende de Pitty. Ela o criou de forma bem livre, seguindo sua intuição e acabou fazendo um álbum que contém referências de sua história e aponta novos caminhos por onde sua música pode passar.
Composto e gravado durante a primeira parte da turnê “Matriz”, o disco partiu dessa ideia de revisitar suas origens, chegar na matriz sonora e perceber como isso se comporta nos dias de hoje, como através do rock ela dialoga com novas influências e toda sua trajetória até aqui.
O álbum foi gravado parte no Rio, no Estúdio Tambor, parte em São Paulo e parte em Salvador, onde Pitty nasceu e viveu até os 23 anos quando foi para o Rio gravar o primeiro disco. Na busca por suas orgines acabou trazendo algumas referências da Bahia, que ela nem imaginava. Assim, participam do álbum os baianos: Lazzo Matumbi (“Noite Inteira” e “Sol Quadrado”), Larissa Luz (“Sol Quadrado”), Nancy Viegas (“Noite Inteira”) e BaianaSystem (“Roda”). Entre as 13 faixas há duas releituras, de “Motor” (Teago Oliveira), da banda Maglore e “Para o Grande Amor”, de Peu Souza. Todas as faixas foram produzidas por Rafael Ramos, com excessão de “Redimir”, produzida pelo pernambucano Pupillo, que também tocou percussão, bateria e programação eletrônica.
“Matriz” é um disco vigoroso, com o rock pulsando em cada acorde e “conversando” com outros ritmos, outros artistas, outros compositores. “Matriz” é o chão de Pitty, de onde ela veio e para onde está indo.