Xênia França lança seu primeiro disco solo, intitulado “Xenia”, pela Natura Musical. “Esse é um grande momento para mim. Talvez, o maior. Sempre quis ter um trabalho solo e por vários motivos ele aconteceu agora, de um jeito lindo. Acho que tudo o que aprendi até hoje foi muito importante e precioso para eu adquirir coragem de me expor dessa maneira. Não é fácil, mas esse projeto me transformou em outra pessoa. Fiz meu ritual de passagem com ele e me tornei mulher de uma vez por todas”, ressalta a cantora.
Com produção de Lourenço Rebetez, Pipo Pegoraro e coprodução da própria artista, “Xenia” reverencia o som que vem da diáspora negra, em uma sonoridade essencialmente pop com pitadas de música eletrônica, jazz, samba-reggae, rock e R&B. “Minhas influências desde pequena são Michael Jackson, Stevie Wonder, Gilberto Gil, Elza Soares, Margareth Menezes, Ilê Aiyê, Olodum, Edson Gomes, Milton Nascimento, entre outrxs. Também posso dizer que, há pouco mais de quatro anos, vivo um verdadeiro caso de amor pela música e cultura cubana. Neste trabalho, eu louvo esse povo tão maravilhoso por meio do Batá, tambor sagrado presente entre as gravações. De alguma forma, tudo isso está no meu disco”, comenta.
Estão, entre as 13 tracks que compõem o álbum, composições de artistas como Tiganá Santana, Theodoro Nagô, Tibless, Verônica Ferriani, Clarice Peluso, Luisa Maita e Chico César, além de três autorais: “Perfeita Pra Você”, “Miragem” e “Pra Que Me Chamas?” – uma parceria com Lucas Cirillo. “Cada faixa escolhida tem um valor extremamente importante. Elas me auto-representam. Levam meu olhar para esse caminho de aprendizado, orgulho, autoconhecimento e gratidão. É sobre como me sinto agora, mas a partir de toda a minha trajetória desde que sai da Bahia. É sobre intimidade comigo mesma, dores, questionamentos e inquietações. É sobre ancestralidade, respeito, amor, cura e fé. É sobre ser mulher. Mulher negra”, finaliza.
Xenia França, baiana radicada em São Paulo, é reconhecida, entre outros, pelo seu trabalho dentro da banda Aláfia. Sua carreira começou em 2007, quando cantava na noite paulistana sambas e clássicos da MPB. Inserida em um cenário artístico de resgate e propagação da cultura afro- brasileira, a cantora se transformou referência do empoderamento e comportamento feminino.
Gravado no RedBull Station, Carbono, El Rocha e Caso Raro, estúdios localizados em São Paulo, “Xenia” foi mixado por Russell Elevado (Dragon Mix Studios – NY) e masterizada por David Darlington (Bass Hit Recording – NY).
O projeto foi selecionado pelo edital Natura Musical 2016 com apoio da Lei Rouanet. “O Natura Musical foi criado para valorizar a diversidade da produção contemporânea e a identidade da música brasileira”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura. “Desde 2005, a plataforma já patrocinou mais de 330 projetos de artistas em diferentes estágios de carreira, que representam essa música brasileira pulsante, diversa e apresentam novas expressões e linguagens, assim como o novo trabalho de Xenia França”, complementa.
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