Já posso afirmar que estou ficando expert em cruzeiros: é o terceiro nos últimos cinco anos que ganho para sofrer. Esses passeios al mare, sonho de consumo da classe média, que economiza o ano inteiro pagando 12 prestações mensais para se fartar de comer e beber, enfrentar uma maratona para buscar um espaço nas piscinas do navio que mais parece um piscinão de Ramos, dançam passinhos com os chatos animadores que gritam o tempo todo nos ouvidos dos hóspedes.
São famílias inteiras, casais maduros que buscam o romantismo do mar para dar um gás na relação e idosos, a grande maioria, que invadem os cassinos dos transatlânticos em busca de diversão nas maquininhas onde saem pelados, porque ali ninguém ganha nada. Todos, na maioria das vezes, enfrentando uma verdadeira muvuca, principalmente na área de gastronomia, que fica a disposição durante 24h por dia para os hóspedes se fartarem de comilança - e é ali que é declarada a guerra. São milhares de pessoas que, se não aproveitarem tudo que oferecem de rango, o mundo vai acabar. Pagam para comer, beber, jogar roletas e dançar e parecem que nunca viram comida. Coisa louca. Mas tem o lado bom: as cenas felizes das selfies, onde parece que todos estão no paraíso.
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Duas perdas que abalaram o final de semana de tempo nublado na cidade: as mortes do velho Padre Galatto e do Nilton Rebello, pai dos amigos Kaquite e Niltinho, tio da Elvira, esposa do Cacau Menezes. Ambos serão sepultados na manhã desta segunda-feira, 13.