Relembrando: tudo foi muito rápido...
Eu caí no dia 16 de JUNHO e voltei a pedalar dia 16 de JULHO. Nesse mesmo dia iniciei a fisioterapia e voltei a nadar no dia 17 de JULHO.
Correr demorou um pouco mais, mas mesmo assim nem tanto...dia 23 de JULHO.
O treino de corrida era muito sofrido, descansando a cada km, com muita dor nas costelas, mas seguindo em frente.
Aos poucos fui aumentando a quilometragem nos esportes. Obviamente bem devagarinho e planejado. Isso foi me dando confiança e segurança.
No último domingo 19 consegui retornar às competições na corrida do Bem, organizada pelo SESI.
Não tinha feito nenhum treino específico ou nada que pudesse ser especial para a prova, já que não sabia o que esperar do meu corpo depois do tempo parado.
A largada como sempre foi muito forte. Muitos exageram nesse inicio. Eu sempre falo aos alunos que o ritmo para iniciar uma competição nunca deve ser mais forte do que foi treinado. Não existe milagre. O que você fez no treino, você deve replicar na prova.
A experiência ajuda muito nessas horas. Fui "escutando" as respostas que meu corpo vinha me dando ao longo da prova.
Pois bem, passado o primeiro quilômetro eu era o 15º colocado. Mas via notoriamente que muitos ali estavam exagerando em seus ritmos pessoais e iam pagar caro mais pra frente, principalmente porque o percurso era bem variado com subidas e descidas.
A organização fez um percurso diferente e mais desafiador. Não havia nenhum ponto totalmente plano onde poderíamos encaixar um ritmo constante.
Fui pegando cada um que ia "morrendo" depois daquele início insano. No final da primeira volta dos 5km eu me encontrava em 2º.
Essa colocação se manteve até o final. O campeão, um velho conhecido meu, corria a uns 2 minutos à frente e eu não tinha a menor chance de buscá-lo.
Pra mim foi uma vitória! Dei meu máximo, exigi o que podia do meu recém recuperado corpo e consegui um resultado muito melhor do que se esperava.
Agora sigo focado nos próximos objetivos!
O que podemos tirar disso tudo?
Que tudo tem volta! A única coisa que não tem volta é a morte, portanto VIVA!