A última sexta-feira, 9, foi histórica para o esporte de Içara. As atletas Izabel Cardoso, Carolaini e Sabrina Pereira conquistaram medalha de bronze nos Jogos Pan Americanos em Lima, no Peru, na disputa de caratê. E hoje a festa foi dos içarenses. A cidade as recebeu na tarde desta terça-feira, 13, em alto astral, com direito a desfile em caminhão de bombeiros e recepção pelo prefeito Murialdo Gastaldon no Paço Municipal.
A ficha ainda não caiu. "Não, ainda não. Eu estou com o ursinho lá em casa, olho a medalha. Cara, eu conquistei isso, aquilo que eu via as pessoas na TV conquistando", disse Sabrina. "Tem Mundial no ano que vem, tem Pan em 2023 e sonhos, quando a gente conquista algo grande é como diz o ditado, o céu é o limite", resume a carateca. Ela tem, também, um objetivo de Olimpíadas para o futuro.
Enquanto isso, é curtir a emoção da conquista no Peru. "Não tem palavras. É uma emoção muito grande. A gente estava numa vila olímpica com todos os atletas do Pan, vivenciando isso. Era uma estrutura gigantesca que o COB nos proporcionou. É o sonho de qualquer atleta", destacou. "A gente chegar na nossa terrinha e estar todo mundo aqui. Todo esse pessoal te recebendo, pelo trabalho feito, pela conquista. É uma gratidão que estamos fazendo o certo, que tudo o que nos dedicamos, os treinos intensos, as horas de sofrimento valeram a pena", completou Sabrina.
A mais jovem
Para a irmã de Sabrina, Carolaini, a alegria de uma conquista tão jovem. "É muito emocionante trazer esse título para Içara. Eu com 18 anos já ter uma medalha no Pan, isso é muito gratificante. É para poucos", comentou. "Imagina quantas medalhas eu vou ter com 30 anos, e quais serão os títulos", completou.
Carolaini já está de olho nas próximas disputas. "A partir do momento em que eu competi lá eu já foquei no meu individual e já treinei. O foco continua, tem Mundial individual esse ano para mim", referiu.
A emotiva
Izabel Cardoso, também da Fundação Municipal de Esportes de Içara, fecha o trio vitorioso. "Foi muito emocionante, sou a emotiva do trio. Só choro. Foi muito trabalhado, os finais de semana que a gente deixou de aproveitar para treinar, se aprimorar. As viagens que a gente fez para se aperfeiçoar, chegar e trazer o melhor resultado", contou.
Um momento de emoção recordado por Izabel foi pouco antes da disputa valendo a medalha, contra a Colômbia. "Quando a gente estava se preparando para entrar para disputar o terceiro, conversamos e concluímos que em 30 minutos estaríamos muito felizes ou muito tristes. Então, vamos ficar com a primeira opção", destacou. "Antes da competição eu sou muito tranquila, centrada e focada. Nada passava pela minha cabeça", arrematou.
O técnico
À distância, o professor Everaldo Pereira, pai de Sabrina e Carolaini e técnico das três, acompanhou a façanha. Assistindo pela TV mesmo e, quando dava, conversando por telefone. "Ver daqui foi triste, repassar orientações por vídeo. Eu não consegui estar junto, não consegui dar um abraço ou até um tapa na cara, dizer, vai lá, é tua vez. Essa distância me deixou muito triste", observou. "Agora é só alegria, os resultados vieram", enalteceu.