O banho e a tosa são os principais serviços oferecidos pelos pet shops das cidades. E proporcionar ao animalzinho esse tipo de cuidado é o que todos os donos buscam, já que é muito bom o momento de levá-lo ao “salão animal” e recebê-lo em casa limpo, cheiroso e com um laço ou uma gravatinha. Um charme só!
Mas se engana quem pensa que o banho e a tosa do pet são procedimentos puramente estéticos. Eles devem, na verdade, fazer parte de uma rotina de higiene, contribuindo, assim, para a saúde do animal. E o ideal é que sejam realizados por profissionais habilitados, porque diferentes pelagens requerem diferentes cuidados.
Quantidade de banho
Um dos principais cuidados que devem ser tomados antes de incluir esses serviços à rotina do pet é a definição da frequência. É muito comum que se imagine que eles precisem do cuidado toda semana. Mas, na verdade, em média, cachorros precisam do tratamento a cada 15 dias, e gatos, a cada 30 ou 60 dias.
O excesso de banho pode retirar a proteção natural da pele e do pelo dos animais, favorecendo o ressecamento dessas áreas e, consequentemente, tornando-os mais suscetíveis a doenças de pele.
Nos meses mais quentes, porém, cachorros podem vir a receber um banho e tosa por semana. Gatos, então, vão requerer que eles aconteçam a cada 15 dias. E o cuidado é dobrado. Aumentada a frequência de realização desses procedimentos, é ainda mais importante que se garanta uma secagem efetiva pós-banho.
Umidade entre os pelinhos
Da mesma forma que pelo e pele ressecados facilitam o aparecimento de doenças, também o favorece quando úmidos. Isso porque a parte interna da pelagem, geralmente, recebe menos luz natural, o que contribui para uma potencial proliferação de microorganismos, sobretudo quando a região já está úmida.
A umidade e a falta de luz facilitam a proliferação dos fungos em especial, causando dermatites e outras doenças de pelo e pele. Se isso acontece, o banho e a tosa que têm o objetivo de contribuir para a saúde do animal acabam fomentando o contrário, quando mal executados.
O ideal é consultar um veterinário ou um profissional do próprio pet shop para entender qual é a frequência mais indicada de banho e tosa para o seu animalzinho.
Acessórios
Como dissemos no início do texto, é comum que o bichinho volte para casa com um lacinho e uma gravatinha. Apesar de ficarem lindos com os acessórios, é importante ficar a atento a como o seu cão ou gato reage aos apetrechos.
No geral, o mais indicado é que eles não fiquem mais de 24 horas com esses objetos. Mas, se você observar, antes disso, que eles estão incomodados, irritados ou com alguma coceira, não pense duas vezes, retire o acessório.
Tosa higiênica
Apesar de ser muito procurado no mercado, o serviço de tosa não é adotado por muitos donos, sobretudo por aqueles que têm cachorros de pelos mais longos. O ideal é que, novamente, se converse com um profissional antes de adotar ou não a prática da tosa. Somente um especialista pode dizer se a prática é benéfica ou não para o animal em questão. Mas, mesmo que ele oriente que o bicho não seja tosado, é muito importante que se faça a chamada tosa higiênica.
A tosa higiênica é uma tosa parcial realizada apenas em algumas partes do corpo do animal. No geral, são elas: barriga, região anal e perianal e a parte inferior da pata, conhecida como almofadas plantares ou “almofadinhas”. Essa modalidade de tosa garante a saúde do bichinho e mantém higiênicos os lugares mais propensos ao acúmulo de sujeira.
Algumas raças, como Lhasa Apso, Yorkshire e Shih-Tzu, exigem ainda a tosa higiênica na região dos ouvidos, olhos e topete. Isso garante que, além da higiene, nada esteja atrapalhando os órgãos de sentidos dos bichinhos.
A dica maior é se atentar às necessidades particulares de cada animal de acordo com a raça, o ambiente em que vive — casa com quintal, apartamento, etc. — e sempre consultar um profissional qualificado para ajudar na execução dos procedimentos necessários.
Assim, você garante a higiene, a saúde e o bem-estar do seu amigo animal!