Matusa, de Matusalém - aquele que viveu quase 1 mil anos, segundo o Antigo Testamento. Um período de tempo muito menor do que este, mas ainda assim impressionante: a banda de Criciúma está há quatro décadas na estrada, empolgando bailes, festas e o que mais vier pela frente.
Fundada em 1977, a Matusa tem atualmente oito integrantes e apresenta um repertório variado. Neste sábado, 7, dois dos integrantes mais antigos da banda estiveram no Programa Nomes e Marcas, da Rádio Som Maior: Paulo Sexto e Neném.
Quantas histórias e quantas festas tem o Matusa? É difícil mensurar. "É muito difícil viver com música, aquele tempo era pior ainda. Se você quisesse comprar um instrumento bom que fosse, não tinha tantos aqui. Tinha que ir a São Paulo comprar amplificador. E se dá problema? Pega um ônibus e vai pra São Paulo arrumar", relembra Neném, que quando entrou no Matusa ainda conciliava com um trabalho de bancário.
"A gente pode tocar em bailes com pessoal mais maduro e também em eventos ao ar livre para o pessoal de agora. Funk, sertanejo universitário, tá tudo atualizado no repertório. Sempre temos os clássicos, da época que a gente estava lá. Isso cria uma empatia e a gente sente isso nos eventos", acrescenta Neném.
"É muito difícil administrar, a longevidade de uma empresa coloca desafio na gente. Temos que nos adaptar. As brigas ficam de lado, existem discussões entre a gente, mas se o barco afunda, vai todo mundo. Esquece as discussões e vê o que é melhor para todo mundo. A gente tem o saudosismo musical, mas em termos de negócio tem que tá com um pé no presente e de olho para o futuro", conclui Paulo Sexto.
Confira a entrevista completa, que teve até som de Tim Maia na saideira: