A Copa do Mundo está rolando na Rússia, e enquanto isso, o Programa do Avesso, da Rádio Som Maior, recebeu a russa Natalya Klimkina, que mora no Brasil há cinco anos e o uzbeque Grigoriy Kats, que está por aqui há quatro. Ela é natural de Abakan, na Sibéria, um dos locais mais frios do mundo com população fixa.
A União Soviética existiu até 1991, sendo que o Uzbequistão era uma de suas repúblicas. “O Governo vai e toma tudo, é uma utopia. Já tem exemplos na Terra de que isso não existe, mas na verdade é uma teoria do Marx, que o Lenin e o Stalin continuaram, e agora tá acontecendo na Venezuela. Quando os primeiros produtos importados começaram a aparecer na Rússia, as pessoas podiam trocar um DVD por um carro”, destacou Natalya.
Com o fim do comunismo e a abertura de mercado, o país passou por diversas transformações. Era comum a população enfrentar longas filas para comprar produtos. “Na época do comunismo a vida era dura para todo mundo, bem complicado. Todos eram escravos, trabalhando para o Governo, trabalhando bastante e ganhando pouco. Todo mundo roubava o Governo para sobreviver”, contou Grigoriy.
A Rússia é o maior país em extensão territorial do planeta, com mais de 17 milhões de quilômetros quadrados. É localizada na Europa e na Ásia, mas os jogos do Mundial acontecem apenas na parte europeia. Os dois não estão muito interessados pelo torneio. “A gente é forte no roquei no gelo e na patinação, futebol não é forte”, disse Natalya, já Grigoriy torce para o time canarinho. “Eu desde criança, sempre gostei do Brasil”.
São muitas diferenças entre os dois países, o Natal por lá é celebrado no dia 7 de janeiro. Outra tradição russa diz que presentes precisam ser dados em números impares. Outra questão é a bebida: “Eu não concordo, é uma fama, essa de vodca e frio, quem bebe mais é o povo da República Tcheca e alemães. Para tomar vodca tem que ser uma comida especial”, contou Natalya.
Confira o Programa do Avesso completo: