Depois de algumas lutas travadas - as mais recentes em 2015 e 2018 -, os agentes culturais de Criciúma voltam a contar com um importante espaço para exposições: será reaberta nesta sexta-feira, 27, a Galeria de Arte Octávia Búrigo Gaidzinski, no Teatro Elias Angeloni.
"Ela ficou alguns meses fechada, nessa transição do ex-presidente Serginho Zappelini para o presidente Julio Lopes", lembra o diretor cultural da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Evandro Premoli. "Quando assumimos, uma das nossas primeiras missões foi reabrir as galerias, começamos pela Willy Zumblick no Centro Cultural e outras menores. E nesse meio tempo conseguimos, do prefeito Clésio Salvaro, a liberação de uma verba para reformar a Octávia Gaidzinski", conta o diretor.
A galeria ganhou melhorias na iluminação e pintura. "Está praticamente nova", comemora Premoli. A reabertura se dará durante o ato dos mil dias do governo Salvaro, marcado para sexta-feira no teatro. "Hoje estão terminando a limpeza", reforça.
A Associação Sul Catarinense de Artes Visuais (Ascav), responsável pelos protestos mais contundentes quando dos fechamentos da galeria, vai assinar a primeira exposição da reabertura: "Nem todas as coisas precisam ser ditas", assinada por um grupo de artistas da região. "É mostrar as diferentes formas de se comunicar em diversas expressões, despertando o anseio pelo sentir", define a curadoria da mostra, que estará na Octávia Gaidzinski até 12 de novembro.
Foi a Ascav quem liderou o protesto de junho de 2015. Na ocasião, a galeria foi fechada no Elias Angeloni para abrigar, provisoriamente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura, por conta do incêndio no Paço Municipal. No ano passado, a nova manifestação veio por razão do fechamento da galeria na transição das gestões na FCC. "Não havia um calendário de exposições programado, então aproveitamos e fizemos a reforma", reforça Premoli. "Sugerimos ao presidente Julio que a Ascav fizesse a reabertura com as obras dos seus artistas, justamente em sinal de respeito ao trabalho deles", completa.