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Mães que procuraram postos da rede municipal em Criciúma para vacinar bebês tiveram dificuldades na semana passada. Algumas reclamaram sobre a falta de doses em diversos postos. “Realmente, na semana passada, entre quarta e sexta-feira, nosso município ficou zerado da vacina BCG para os bebês”, confirmou a técnica de enfermagem do setor de Imunização da Prefeitura de Criciúma, Kelly Barp Zanette.
São as vacinas aplicadas até os quatro anos, 11 meses e 29 dias aos bebês. “Mas como temos critérios e protocolos definidos pelo Ministério da Saúde que permitem, essa vacina acaba sendo aplicada nos bebês já nos primeiros dias de vida”, explicou.
A normalização das doses começou na segunda-feira. “Recebemos um quantitativo de doses da BCG no começo da tarde, algumas foram encaminhadas para a Policlínica do Rio Maina, que oferece a vacina à tarde. E, na manhã e ontem, houve o abastecimento à unidade central que faz essa vacina pela manhã”, detalhou Kelly. Os postos dos bairros Paraíso, São Defende e Quarta Linha também estão recebendo mais doses para atender a demanda. A técnica lembra que a centralização das doses em alguns postos de localização estratégica visa evitar o desperdício, já que a abertura de lotes determina o uso de todas as vacinas em um prazo determinado, para que as mesmas não fiquem fora do prazo de validade.
Ouça no podcast abaixo o relato da técnica de enfermagem da prefeitura.
Febre amarela
Enquanto isso, a Gerência Regional de Saúde segue empenhada no aumento da procura pelas vacinas contra a febre amarela, disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde. A adesão ainda não chegou a 50% das 321 mil pessoas que devem ser imunizadas nos 12 municípios da Região Carbonífera. As vacinas são indicadas para pessoas de nove meses a 59 anos. “Nosso estoque de vacinas está tranquilo. Conforme os municípios solicitam, conseguimos repor”, informou o gerente regional Fernando de Faveri.
O alerta sobre o ingresso do vírus da febre amarela em Santa Catarina está reforçado. Depois da confirmação de um óbito em Joinville, de um homem de 36 anos na semana passada, agora a preocupação está em Jaraguá do Sul, também no Norte do estado. “Foram encontrados oito macacos mortos em Jaraguá do Sul, já em estado de decomposição, portanto não é possível fazer os exames. Porém tudo indica que essas mortes sejam decorrentes do vírus, o que significa que o vírus segue avançando”, advertiu o gerente.
Nos próximos dias será divulgado o resultado do exame ao qual foi submetido o macaco encontrado morto no último dia 14 em Criciúma. Como medida preventiva, os moradores do entorno da região onde o animal acabou encontrado morto, no Bairro Demboski, foram vacinados.
