Mais um setor trabalha na pressão sobre o governo do Estado para ter a liberação do retorno das atividades. As academias movimentam-se para tentar uma reabertura, a exemplo do transporte coletivo, após o comércio retornar as atividades na última segunda-feira.
Integrante de uma comissão do setor em Santa Catarina e proprietária de uma academia em Criciúma, a personal trainer Cristiane Cesconeto, falou sobre a luta dos profissionais para retornarem ao trabalho. Nesta quarta-feira, será feita uma reunião com a Câmara de Vereadores de Criciúma para tratar sobre o tema.
"Hoje temos uma comissão de academias no Estado e existem mais ou menos 12 mil famílias sem retorno financeiro, isso de funcionários, fora os profissionais liberais, que teoricamente podem atendem, mas não têm espaço para isso. Está provocando o caos na nossa área, que é promotora de saúde", aponta a personal.
De acordo com Cristiane, as academias teriam condições de higienização para atuar em tempo de coronavírus.
"Fizemos protocolo de segurança, desde a limpeza do calçado com o álcool 70% ou o cloro na entrada da academia, com fluxo reduzido de clientes, mantendo-os apenas por uma hora no espaço. Nós somos profissionais da área da saúde, estudamos para ter todos os cuidados com o corpo humano. Nós poderíamos atender e teríamos mais cuidado do que muitos locais, como mercado por exemplo", diz.
O decreto do governo do Estado, em vigor desde o dia 18 de março, mas flexibilizado nas últimas duas semanas, é apontado como eficiente na contenção parcial da pandemia em Santa Catarina. Ainda assim, o Brasil avança nos números de Covid-19, com a morte de mais de 200 pessoas nas últimas 24 horas, chegando a 1,5 mil óbitos.
Preocupados com a manutenção da economia e de olho nos créditos anunciados pelo governo federal, mas que ainda não chegaram até os pequenos empresários, setores pressionam o governo do Estado para liberação das atividades.
"Existem órgãos para fiscalizar, então fiscalizem para ver se as academias estão tendo os cuidados. Que nos deixem abrir, nos deixem trabalhar. 95% das academias são de pequeno porte. Como as empresas vão se manter a partir de agora? Vamos pausar contratos, vamos. Quantas vão se reerguer depois?", conclui Cristiane.