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As primeiras horas de adaptação dos restaurantes aos decretos do governador Carlos Moisés, em meio à pandemia de Covid-19, foram de dificuldades. "Quatro pessoas chegaram em um restaurante, no mesmo carro, e tiveram que ficar 1 metro e meio distantes", contou o secretário de Saúde de Criciúma. Acélio Casagrande citou, em entrevista à Rádio Som Maior nesta quinta-feira, 23, uma das muitas reclamações recebidas.
A principal mudança na rotina dos restaurantes é que cada cliente deverá ficar 1 metro e meio distante do outro. "Isso inviabiliza muito os restaurantes", reconheceu.
Com base nas reclamações, a secretaria fez contato com o Governo do Estado para pedir alterações no decreto. "Fizemos contato com a Secretaria de Estado da Saúde para que revisassem essa cláusula da portaria, estamos aguardando", afirmou. A prefeitura não vai impor qualquer punição a restaurantes que tenham dificuldades de cumprir o decreto. "No que depender da prefeitura, conversamos bastante a respeito hoje eu e o prefeito, não terá ação de multas ou repressão, o que se pode fazer é orientação", reforçou Casagrande. "O próprio decreto nos dá esse direito", detalhou.
Acredita em mudança
Casagrande vê possibilidades de o Estado ceder e flexibilizar os pontos mais polêmicos do decreto sobre os restaurantes. "Eu vejo, uma análise que poderá ser feita, eu vejo sim. A dra Raquel ontem falou que estariam fazendo essa análise a partir de hoje, estamos aguardando", comentou. "Um bar, pessoas aglomeradas trocando copos, isso preocupa muito. Temos que continuar com a campanha forte de uso de máscara e distanciamento das pessoas, todo cuidado é pouco", exemplificou.
Sobre a retomada das atividades em shoppings centers, academias e igrejas, Casagrande não fez maiores reparos. "Ainda não dá para avaliar, nós teremos o reflexo nas próximas semanas. Vamos ver como fica o crescimento disso, por isso a pesquisa científica é importante", observou. "Estamos pensando em uma outra pesquisa para semana que vem, e acompanhar isso de perto", antecipou.
Cirurgias eletivas
Em reunião do Colegiado de Secretários de Saúde da Amrec, nesta quinta-feira, a pauta foi a luta pela retomada de cirurgias eletivas. "Hoje tivemos uma reunião dos secretários municipais da Amrec, falamos de cirurgias que não podem deixar de ser feitas, não podem por serem eletivas e se transformam depois em graves. Não se pode olhar só para o coronavírus. Reiniciamos, devagar e espaçadamente, o atendimento de especialistas, exames de média complexidade, tomografias, endoscopias, estamos tentando avançar nos atendimentos mas com todo o cuidado, para não ter que fechar tudo outra vez daqui a pouco", concluiu.
