Uma ocorrência da Polícia Militar (PM) em Criciúma foi alvo de notícias falsas nas redes sociais nesta quinta-feita (12). Um homem com veículo furtado estava tentando fugir da guarnição na área central da cidade, porém, áudios circularam em grupos de WhatsApp “informando” que estava acontecendo um arrastão. O comandante do 9° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Mário Luiz Silva, falou sobre essa situação.
“No decorrer da tarde eu recebi três áudios falando que teria ocorrido um arrastão na cidade. Isso é de uma irresponsabilidade... Porque ações como essas causam uma sensação de pânico na cidade, a comunidade fica amedrontada porque você ouve uma mentira várias vezes e ela acaba tendo um corpo”, explica.
“Espero francamente que a pessoa que fez isso tenha feito por desconhecimento, que viu a ocorrência e deixou a sua imaginação irresponsável fluir e criou a fantasia na cabeça, espero que não tenha sido de forma dolosa com intuito de gerar pânico na sociedade”, complementa.
Para o comandante, atualmente, estamos na melhor fase para obter informações, mas isso pode ter seus pontos negativos. “A pessoa tem a informação muito rápida na palma da mão, só que isso trouxe muitos problemas. Ontem foi um excelente exemplo, a informação ocorreu rápida, mas era falsa”, diz o tenente-coronel.
Situação da segurança
O aumento da criminalidade tem preocupado os moradores de Criciúma e região, mas o comandante explica que apesar dos crimes de furtos e roubo terem aumentado, além de alguns fatores que transcendem as atribuições de polícia, eles não estão de “braços cruzados”.
“Desde o início da semana estamos fazendo duas frentes de atuação. Uma primeira para recuperar a sensação de segurança pública da comunidade, aumentando a presença policial nos locais onde a comunidade de bem transita. O objetivo é fazer com que o cidadão sinta a presença policial pronto para garantir a segurança e coibir o crime”, ressalta o comandante.
Outra frente de atuação que a Polícia Militar está fazendo é em áreas conflagradas. “As áreas vermelhas através do trabalho com o serviço de inteligência que nos dá um número maior de marginais que praticam esses crimes, focamos nessas áreas com barreira policias, varredura e atuações mais intensas para capturar os marginais”, comenta Silva.