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ACTU fala dos serviços durante a pandemia e da falta de incentivos

Representante do transporte coletivo de Criciúma divulgou nota na tarde desta quinta-feira

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 04/03/2021 - 17:02 Atualizado em 04/03/2021 - 17:04
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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A ACTU se manifestou sobre os serviços prestados pelo transporte público de Criciúma durante a pandemia da Covid-19. Na nota, divulgada pela assessoria de imprensa, a ACTU fala que o transporte coletivo de Criciúma e do estado foi um dos setores econômicos mais atingido pela pandemia. “Foram 114 dias de paralisações intercaladas, medida esta única no Brasil, e que não trouxe comprovações da sua efetividade no que diz respeito ao combate ao coronavírus. Mesmo com o retorno das atividades, durante todos os meses em que vivemos na pandemia, o transporte coletivo atendeu às restrições impostas pelos decretos do Governo do Estado e Governo Municipal, absorvendo custos e prejuízos. Ainda solidárias ao momento, as empresas se mantiveram operando com a mesma tarifa desde 2017, mesmo com o setor parado, transportando apenas 25% da demanda anterior à pandemia”, diz parte da nota.

Ainda no texto, a representante das empresas concessionárias do transporte coletivo urbano de Criciúma fala que, como medida de adaptação ao momento, e também por conta da baixa demanda de passageiros em muitas linhas, as empresas cumpriram os ajustes de horários e linhas determinados pelo poder concedente, salvaguardando a sustentabilidade financeira, manutenção dos postos de trabalho e pagamento das suas obrigações financeiras. “Além disso, diferente das capitais, onde as operadoras de transporte coletivo receberam incentivos fiscais, nas cidades do interior, esse benefício não foi recebido. Coube ao setor de transporte coletivo, onde todos os protocolos de higienização são mantidos, a responsabilidade de gerenciar com a capacidade de 50%, um dia a dia normal de movimento da economia de Criciúma. Escolas abertas, comércio funcionando a pleno vapor, indústrias operando normalmente e ainda gratuidades acessando também o sistema. Em paralelo, uma tarifa de R$ 3,90 que é atraente ao usuário e se apresentou muito mais viável financeiramente do que outras formas de deslocamento. É bom ressaltar que em tempos normais essa alta demanda de passageiros seria a melhor notícia para as empresas de transporte, não fosse a situação de pandemia em que vivemos", descreve.


Confira a nota na íntegra:


O transporte coletivo de Criciúma, bem como de todo o Estado de SC, foi um dos setores econômicos que mais foi atingido pela pandemia da Covid-19. Foram 114 dias de paralisações intercaladas, medida esta única no Brasil, e que não trouxe comprovações da sua efetividade no que diz respeito ao combate ao coronavírus.

 

Mesmo com o retorno das atividades, durante todos os meses em que vivemos na pandemia, o transporte coletivo atendeu às restrições impostas pelos decretos do Governo do Estado e Governo Municipal, absorvendo custos e prejuízos. Ainda solidárias ao momento, as empresas se mantiveram operando com a mesma tarifa desde 2017, mesmo com o setor parado, transportando apenas 25% da demanda anterior à pandemia.

 

Como medida de adaptação a esse novo momento, e também por conta da baixíssima demanda de passageiros em muitas linhas, as empresas cumpriram, os ajustes de horários e linhas determinados pelo poder concedente, salvaguardando a sustentabilidade financeira, manutenção dos postos de trabalho e pagamento das suas obrigações financeiras. Além disso, diferente das capitais, onde as operadoras de transporte coletivo receberam incentivos fiscais, nas cidades do interior, esse benefício não foi recebido.

 

Coube ao setor de transporte coletivo, onde todos os protocolos de higienização são mantidos, a responsabilidade de gerenciar com a capacidade de 50%, um dia a dia normal de movimento da economia de Criciúma. Escolas abertas, comércio funcionando a pleno vapor, indústrias operando normalmente e ainda gratuidades acessando também o sistema. Em paralelo, uma tarifa de R$ 3,90 que é atraente ao usuário e se apresentou muito mais viável financeiramente do que outras formas de deslocamento. É bom ressaltar que em tempos normais essa alta demanda de passageiros seria a melhor notícia para as empresas de transporte, não fosse a situação de pandemia em que vivemos.

 

Por conta disso, empresas novamente foram ao Poder Executivo pedir medidas que permitissem uma melhor distribuição desse grande público dos horários de pico, para que sejam atendidas o maior número de pessoas, observando todas as regras sanitárias.

 

Tais ajustes viriam a ajudar a mitigar o impacto do sistema de transporte neste momento em que, mais uma vez, a responsabilidade recai nas empresas de transporte coletivo. É necessário que uma readequação com a contribuição de todos os setores, especialmente comércio, construção civil, indústria do vestuário e das instituições de ensino.

 

Essa é a análise do momento em que vivemos e que precisa ter o entendimento da sociedade. As empresas de transporte coletivo seguem fazendo o seu papel neste momento tão difícil. Porém, assim como ocorre com os serviços de saúde, os ônibus seguem para um momento de colapso, pois não conseguirão atender à demanda nas atuais condições, tão pouco os empregos do setor e o bom atendimento aos nossos clientes, que sempre foi e continuará a ser o nosso maior objetivo.
 

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