Com o objetivo de conscientizar as pessoas, o Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado neste sábado, 25 de novembro. Em Criciúma as doações podem ser realizadas no Hemocentro Regional. Em uma transfusão de sangue, são necessários entre oito e 12 bolsas, com a Aférese, um único doador doa essa quantidade.
“O recomendado é doar a cada 15 dias. Uma pessoa pode fazer 24 doações por ano. São coletadas entre 200 ml e 400 ml de plaquetas, e numa doação normal 60 ml de plaquetas”, explica a técnica de laboratório, Mayra Porfirio.
O procedimento leva aproximadamente duas horas, contando desde a triagem, passando pela entrevista e encerrando com a retirada do sangue. Antes disso, é coletada uma amostra. Em Criciúma a doação por Aférese é realizada com agendamento prévio e três pessoas realizam a cada dia, sendo duas pela manhã e uma durante a tarde.
O jornalista Décio Batista é doador de sangue há mais de 20 anos. Na cidade ele foi um dos primeiros doadores de Aférese. "Foi eu que estreei a máquina. Me chamaram para fazer um teste e eu topei", conta.
Todo o processo é realizado com absoluta cautela. Os homens devem responder a um questionário com 56 perguntas, já para as mulheres são 61 questões, seguida por uma entrevista com médico. De acordo com a técnica, os kits são descartáveis e importados da Malásia, custando R$ 570,00 cada.
Em uma doação de sangue normal, o líquido não retorna ao corpo do doador. Com Aférese, entre 300 ml e 400 ml são retirados e devolvidos, mas os números variam conforme o porte físico da pessoa. Após o procedimento, é recomendado beber líquido, o Hemosc oferece café ou suco aos doadores.
Em transfusões normais uma pessoa é exposta a diferentes tipos de doadores, o que não acontece com esse sistema. “É uma centrífuga que funciona através da separação por densidade. A emacia que é mais pesada fica em baixo, e vai separando o plasma, no final ficam plaquetas por Aférese”, disse Mayra.
Décio realizou sua 46° doação no Hemosc de Criciúma, contando desde 2005. O procedimento total leva aproximadamente duas horas. Ele também é doador de medula e está preparado caso aja compatibilidade e seja chamado.
“Um dos meus trabalhos voluntários é fazer doação de Aférese. É uma atitude que aprendi com meu pai e trago junto comigo, para poder ajudar o próximo. É dar de graça aquilo que Deus me deu”, fala o jornalista.