O Ministério Público de Santa Catarina avalia como positivas as ações de combate ao coronavírus implementadas no Estado até o momento. O órgão permanece alerta para as estratégias de abertura do governador Carlos Moisés (PSL), que devem ganhar novo capítulo no próximo sábado, 11, quando deve ser liberada a abertura comercial para a segunda-feira. Na avaliação do procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, Santa Catarina apresenta dados de Covid-19 semelhantes a Japão e Singapura, casos de sucesso no combate ao vírus. O MPSC leva em conta o embasamento técnico para as medidas do governo.
"Foram medidas importantes (as tomadas até o momento pelo governo). Temos nesse grupo de gestão ouvindo especialistas, epidemio, infectologistas e a conclusão que se chegou é de que essas medidas foram importantes. Hoje Santa Catarina se aproxima mais do que ocorreu no Japão e Cingapura, que são casos de sucesso no mundo todo. O que vamos viver a partir de agora é de que a economia não pode ficar parada, temos que conciliar os dois fatores. O setor produtivo vem gradualmente retomando as atividades. Nos interessa acompanhar as decisões, que sejam tomadas por um comitê científico que possa estabelecer quais e de que maneira os setores devem voltar, para poder manter esse nível de efetividade das ações ao coronavírus no Estado", aponta o procurador.
Para o procurador, é importante que o governo do Estado esteja preparado para lidar com os possíveis desdobramentos de um aumento de circulação de pessoas pelas ruas. "Buscamos que essas ações sejam transparentes. Ou seja, qual o número de leitos que aumentamos, conseguimos importar insumos, em que quantidade? EPIs, equipes de saúde, hospitais de campanha para casos graves ou outros casos? Buscamos que todos compartilhemos a responsabilidade, não só o governo, mas as instituições e sociedade. Que seja decisão (de flexibilização) fundada em critérios científicos, técnicos e do quadro epidemiológico de Santa Catarina", destaca Fernando.
"Isso tem que ser feito de maneira segura para todos, trabalhadores, consumidores e sociedade em geral. É nesse sentido que a gente procura trabalhar nessa outra etapa. Passamos da primeira etapa, ser um dos primeiros estados a entrar em quarentena nos tornou pioneiro nos resultados. Essa nova etapa exige atenção de todos. A impressão é de que caminhamos muito bem até aqui. Não podemos perder a mão agora, essa é a preocupação", conclui o procurador do MPSC.