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Análise aponta que doses estariam "sendo aplicadas em mortos"

Há casos de vacinas aplicadas em pessoas que constam como falecidas no Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde com datas de emissão da declaração de óbito anteriores ao início da vacinação

Por Marciano Bortolin Brasília, DF, 23/03/2021 - 15:11 Atualizado em 23/03/2021 - 15:47
Foto: Divulgação
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Avaliação do Governo Federal, por meio da Controladoria-Geral da União (CGU), levanta se as pessoas vacinadas no âmbito do Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 cumprem os requisitos dos grupos prioritários da campanha.

A análise mostrou que há casos de vacinas aplicadas em pessoas que constam como falecidas no Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) com datas de emissão da declaração de óbito anteriores ao início da vacinação. Há também pessoas que possuem três ou mais registros de vacinação, embora as vacinas utilizadas até o momento devam ser aplicadas em, no máximo, duas doses.

Profissionais da saúde que não são profissionais da saúde

Em relação à vacinação de idosos, foram identificadas pessoas vacinadas como pertencentes a esse grupo prioritário, mas que, de acordo com informações do CPF, possuem menos de 60 anos. A análise também identificou cidadãos vacinados como profissionais da saúde que, a princípio, não trabalham na área, tampouco estão lotados em unidades relacionadas diretamente à área da saúde.

A partir dos cruzamentos, foram identificadas cerca de 50 mil inconsistências, o que representa apenas 0,5% do total de 10 milhões de doses consideradas no universo da análise. Estas inconsistências serão discutidas junto ao Ministério da Saúde para a adoção de providências junto aos estados e municípios voltadas a evitar a ocorrência de novos desvios, bem como para o aprimoramento dos controles em relação à conformidade dos grupos prioritários.

Cruzamento de dados

A CGU destaca que a análise é feita por meio de cruzamento de dados de sistemas, sendo possível que situações, a priori indevidas, possam ser justificadas. A Controladoria também ressalta que todas as informações pessoais acessadas nessa fiscalização são protegidas por se tratar de informações sensíveis, relacionadas a dados de saúde das pessoas, o que impossibilita a divulgação da identidade dos vacinados de forma supostamente irregular.

As análises, que serão atualizadas regularmente, alcançam todos os registros de vacinados constantes no sistema de informações oficiais do Ministério da Saúde, o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
São realizadas análises dos dados do próprio SIPNI e também de cruzamentos com outras bases oficiais. Na primeira rodada, foram considerados os registros de vacinas aplicadas até o dia 10 de março de 2021, que somam mais de 10 milhões de doses aplicadas.

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