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Antes da decisão, Milton Mendes recorre a família

Atual treinador do time do Sport esteve em Criciúma visitando a mãe e os irmãos

Por Erik Behenck Criciúma, SC, 29/11/2018 - 10:45
Sport precisa vencer o Santos e depender de outros resultados para não cair/Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Sport precisa vencer o Santos e depender de outros resultados para não cair/Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

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O criciumense Milton Mendes tem uma missão no domingo: salvar o Sport do rebaixamento para a Série B. Ele assumiu a equipe em setembro, quando faltavam 12 rodadas para o término da competição, na quinta-feira da última semana o Leão perdeu para a Chapecoense e na segunda-feira empatou com o São Paulo. Antes da tarefa do fim de semana, veio a Criciúma para visitar a sua família.

“Foi a primeira vez que eu vim para cá depois que fui trabalhar em Recife. Estávamos em São Paulo e tive um dia e meio de folga, também teve o jogo fora de casa contra a Chapecoense. Aproveitei para vim ver a minha mãe a os irmãos”, contou. “A família é um alento muito grande. Minha esposa e filhos estão em Portugal, então é difícil para acompanhar. Sempre que eu posso eu venho para cá, lá em Recife moro num hotel”, frisou o treinador.

Para escapar da queda, o Sport precisa ganhar do Santos e torcer por tropeços de Chapecoense contra o São Paulo e também do América-MG contra o Fluminense. A equipe de Milton Mendes pode ainda ultrapassar o Vasco, que joga fora de casa contra o Ceará, para isso a equipe carioca precisa perder a partida. Uma possibilidade menos real é ganhar a posição do Fluminense, que precisaria perder para o América-MG, além de descontar o saldo de oito gols.

“Nosso retrospecto contra equipes grandes foi muito bom, acredito que a equipe tem potencial. Eu entrei faltando 12 rodadas para o final, bem na parte que as equipes trabalham muito. Tínhamos 93% de chance de rebaixamento, todo mundo colocava o Paraná e o Sport como rebaixados, e chegamos na última rodada com chance de não cair”, lembrou o técnico.

Milton Mendes no Criciúma?

Como jogador vestiu a camisa carvoeira na temporada de 1986, disputando poucas partidas. Nunca treinou a equipes e tem isso como uma de suas metas. “Eu já falei várias vezes que isso é um dos meus objetivos, desde que haja uma organização dentro do clube, desde que haja uma ideia de trabalho e não tenha picuinhas. Tem que ter o mínimo de suporte”, garantiu.

Cada vez mais difícil

O treinador acredita que a parte final do campeonato seja a mais difícil, já que os times não estão mais envolvidos com outras competições como Copa do Brasil e Libertadores. Para ele, a marca de 45 pontos, tida como zona de salvamento, não faz muito sentido, já que dificilmente foi superada por equipes que não caíram nos últimos anos.

“O ano passado a salvação veio com 43 pontos. Acredito que este ano tenha equipe se salvando com 42 pontos, então essa média de 45 pontos não é correta. Cada vez mais as equipes se envolvem com o campeonato, é cada vez mais difícil, temos times fortes como Palmeiras, Flamengo e o Grêmio, o Internacional também”, pontuou.

Queda de rendimento?

Assim que assumiu o Sport, Milton engatou uma sequência com três vitórias seguidas, depois começaram os tropeços, mas, segundo ele, o rendimento do time é o mesmo. “A nossa equipe começou com um modelo diferente que buscava a velocidade. Depois que começamos a surpreender, as equipes passaram a estudar o nosso esquema. Contra o Flamengo nós dominamos o jogo após a expulsão do Lucas Paquetá, com mais de 80% nos acertos de passes, só que eles marcam um gol no fim. Teve também o 0 a 0 com o Vitória, que foi o jogo mais complicado desta caminhada”, analisou.

Foco na permanência

O Sport passa por momento eleitoral para a definição de seu novo presidente. Mesmo assim, o treinador disse que já foi procurado para continuar na função, embora o objetivo do momento seja outro. “Esse ano é um ano político. Já me convidaram para fazer um projeto longo, mas, agora o único objetivo é para o fim de semana, em livrar o Sport da segunda divisão”, afirmou Mendes.

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