Santa Catarina foi destaque nacional no mês de janeiro ao gerar mais de 32 mil novos postos de trabalho, um dos melhores desempenhos do país conforme aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No entanto, uma série de segmentos tiveram suas atividades prejudicadas pela pandemia de Covid-19 e acabaram gerando uma leva de desempregados que, de acordo com o secretário da Fazenda de SC, Paulo Eli, precisam procurar vagas em outras áreas.
Segundo Eli, Santa Catarina está com falta de mão de obra em vários setores, e a pandemia fez com que desempregados tivessem que migrar para outros segmentos. Para o secretário, o desemprego é estrutural e não generalizado, sobretudo por conta do excesso de profissionais em algumas áreas.
“Há uma sobra de advogados, de pessoas que se formam em curso superior. Mas falta mão de obra básica na construção civil, não tem quem trabalhe nos serviços de limpeza, é um desemprego estrutural. As pessoas tem que gerar emprego onde tem local para trabalhar, somos um país capitalista, de livre iniciativa e de propriedade privada em que as pessoas têm risco no seu negócio”, afirmou.
O auxílio emergencial voltará a ser disponibilizado pelo Governo Federal à população, visto o agravamento da pandemia de Covid-19. Santa Catarina, no entanto, segundo o secretário, não tem condições de prover esse benefício aos desempregados com as próprias pernas.
“Tivemos um crescimento de arrecadação em outubro, dezembro e janeiro. Em fevereiro o crescimento ficou abaixo da inflação e, no mês de março, está acompanhando, mas com o fechamento das atividades se projeta uma queda. O estado não tem recurso para fazer auxílio emergencial, todo tributo que o catarinense paga, mais de 60% vai para a União”, pontuou Eli.