O assalto a tesouraria do Banco do Brasil de Criciúma segue rendendo desdobramentos quatro meses após o crime. O inquérito policial da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) já aponta para 16 integrantes de uma organização criminosa responsável pelo roubo.
O relatório das investigações possui mais de 1 mil páginas e mostra que pelo menos seis dos integrantes têm relação direta com uma facção paulista, ocupando cargos importantes no grupo criminoso. Um deles é o chamado “Buda”, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Catarina já ajuizaram uma ação criminal contra as 16 pessoas envolvidas no assalto. Todos esses integrantes tiveram prisões preventivas decretadas pelo Judiciário, sendo que três estão foragidas.
Quatro meses do crime
O assalto ao Banco do Brasil de Criciúma ocorreu na passagem do dia 31 de novembro de 2020 para 1º de dezembro, completando quatro meses nesta quinta-feira, 1º. Homens fortemente armados passaram pela BR-101 e, no caminho até a cidade, incendiaram um caminhão no Morro do Formigão e dispararam inúmeras vezes contra o Batalhão da Polícia Militar.
Pouco mais de R$ 80 milhões foram levados no momento do assalto, sendo que até o mês passado a informação que se tinha era da recuperação de R$ 2 milhões que haviam sido deixados para trás, não entrando no montante.
Os criminosos fugiram em direção a comunidade de Picadão, em Morro da Veneza, onde abandonaram diversos veículos. Já foram presas dezenas de pessoas suspeitas de estarem envolvidas no crime, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.