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Notícia atualizada às 13h41
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), prendeu três dos quatro homens identificados como executores de um homicídio ocorrido em Criciúma no dia 9 de março, que vitimou um idoso de 72 anos. O crime ocorreu na localidade de Morro da Cruz, nas proximidades do bairro Mina União, onde o corpo foi encontrado por moradores.
Os suspeitos foram presos em uma operação da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (27), nos bairros São Sebastião e Santo André, onde moravam. O quarto homem está foragido.
De acordo com o delegado João Westphal, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi motivado pela alegação de que o senhor teria oferecido carona a uma adolescente. A apuração da Polícia Civil, porém, não identificou qualquer indício nesse sentido. “As provas conduziram para uma interpretação diferente do que esses criminosos alegavam”, afirmou o delegado.
Julgamento de facção
Movidos por essa alegação, os criminosos abordaram o idoso na região dos bairros Santo André e São Sebastião.
"A vítima foi abordada e levaram ela para um julgamento. Naquela tarde mesmo, numa reunião que a gente acredita que tenha durado em torno de 40 minutos, eles decidiram matar a vítima", explicou o delegado. Na reunião, ficou definido que a morte seria com golpes de pedaços de madeira.
Essa ordem partiu de uma quinta pessoa, ainda não identificada até a operação realizada na manhã desta quarta-feira. “Ele teria dado uma autorização que eles podiam executar a vítima no Morro da Cruz, então identificamos que eles foram com o carro da vítima até aquela localidade”, detalhou Westphal.
"A vítima foi agredida a pauladas. Não foi disparo de arma de fogo, não foi outro tipo de agressão, foi a pauladas. Foram tão fortes e tão graves em sua idade, 72 anos, que foi causa suficiente para a morte dele. Foi levado para o hospital bastante desorientado, já com TCE (traumatismo cranioencefálico), e acabou falecendo no hospital momentos depois", continuou.
Operação resultou nas prisões
O cumprimento dos mandados nos bairros Santo André e São Sebastião mobilizou cerca de 50 policiais, incluindo apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), de Florianópolis, Núcleo de Operações com Cães e do Serviço Aeropolicial (Saer). “A Polícia Civil representou pelas prisões e pelas ordens de busca e apreensão, o que foi prontamente definido pelo Poder Judiciário de Criciúma e também atendido pelo Ministério Público, com uma rapidez muito importante”, reconheceu o delegado.
Durante a operação, um dos suspeitos foi flagrado com cocaína e o outro tentou dispensar uma arma de fogo.
A investigação teve início pela Divisão de Repressão a Roubos (DRR), também vinculada à Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. Isso porque, inicialmente, acreditava-se que o crime era um latrocínio (roubo seguido de morte), mas o avançar da apuração mostrou que não houve subtração de bens. Os criminosos devem ser indiciados por homicídio qualificado.
