Mais um dia de trânsito em apenas uma faixa no quilômetro 357 da BR-101 em Sangão, sul de Santa Catarina. No sentido norte-sul, os veículos contam com apenas uma pista, à esquerda, na altura da cabeceira da ponte sobre o Rio Sangão, ponto rompido com o temporal da última sexta-feira.
"Durante o domingo a empreiteira contratada pelo Dnit conseguiu concluir essa faixa, que é pela qual os carros, caminhões, ônibus e motos circularam durante toda esta segunda", relembra o chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, Adriano Fiamoncini.
Mas não houve condições de concluir a segunda faixa, a da direita, rente à margem mais danificada pelo temporal, ao longo desta segunda-feira, 27. "A previsão era concluir no fim da tarde, mas não foi possível", confirma Fiamoncini. A chuva do fim da tarde pode ocasionar um atraso a mais. "Talvez atrase a segunda faixa, previsão era amanhã (terça-feira) de manhã mas com a chuva deve atrasar e entregar somente à tarde", reforça.
Um grande buraco
Em avaliações feitas pela manhã, depois das primeiras horas de tráfego constante pela faixa recém liberada, engenheiros do Dnit ponderaram que as falhas flagradas pela reportagem do 4oito no asfalto recém colocado eram normais. "De um serviço que foi bem feito, mas muito rápido, esfriado com água e depois colocada a última camada de asfalto. Houve algumas fissuras por conta do acúmulo de água, mas nada que prejudique a consistência do piso colocado", disse um dos engenheiros.
O tráfego tem sido constante no local. Durante todo o dia, desde antes das 7h, houve filas permanentes, com os veículos passando em baixa velocidade no trecho reconstruído, por orientação das equipes do Dnit que orientam o trânsito no local.
"Não acreditamos em novos incidentes, os engenheiros do Dnit garantiram a segurança dessa obra", destaca o chefe de comunicação da PRF em Santa Catarina. Mais de 70 caminhões de aterro foram colocados no buraco aberto pela força da água entre o sábado e domingo. "Foi um trabalho bem feito", assegura Fiamoncini.
O transtorno
Até a reabertura da faixa no sentido norte-sul, houve muitos transtornos para o tráfego pela BR-101 naquele ponto. "De fato, a queda da cabeceira gerou um problema muito grande na sexta à noite e durante todo o sábado. No domingo tentamos uma manobra bastante arriscada, mas que deu certo, com a mão inglesa de dois quilômetros", recorda Fiamoncini. "Antes disso, os veículos tiveram que desviar por Urussanga e Orleans, gerando grandes filas", recorda.
Outros danos
Outra cabeceira de ponte que rompeu no quilômetro 357 foi na via marginal do sentido oposto, na pista de quem sai do Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi em direção a Florianópolis. O local está sinalizado e não há passagem para veículos.
Na altura da cabeceira sobre o rio, o asfalto foi engolido pela força da água, em situação semelhante à da pista que está em conserto no outro lado. Porém, ali não há movimento de obras, por se tratar de um trecho secundário, sem grande fluxo. Quem sai do aeroporto e precisa acessar a pista rumo ao norte tem outras alternativas no elevado sobre a rodovia no acesso a Sangão.
"Tivemos também um problema durante o temporal de sexta na BR-101 perto do acesso a Jaguaruna, onde formou-se uma lâmina de água durante uma hora e meia, quando as águas baixaram tudo voltou ao normal", completa Fiamoncini.
Ouça a entrevista do chefe de comunicação da PRF catarinense ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior no podcast: