A família da jovem Thamily Venâncio Ereno, morta durante uma operação policial em Criciúma na última sexta-feira (21), irá organizar uma manifestação em frente à sede do Departamento de Investigações Criminais (DIC), no bairro São Luiz, na tarde deste sábado (29).
"Estamos nessa situação para cobrar que seja feita justiça pela Thamily, e que a família dela se veja justiçada", conta o advogado da família da vítima e professor de processo penal, Dr. Samuel Santana, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta sexta (28).
Segundo o advogado, o caso tem que ser tratado como um homicídio, por parte da policial. "A gente quer que isso seja investigado devidamente como é, um crime de homicídio. Que a pessoa que efetou o disparo seja colocada como investigada e que seja tudo esclarecido", pontua Santana. A falta de evidências do caso consterna a família de Thamily. "A gente não entende o que aconteceu, são muitas contradições, são muitas incoerências", adiciona.
A crítica da defesa é o tratamento da polícia quanto a responsável pelo disparo. "A atiradora, ela tá sendo tratada como vítima na investigação", aponta. "Quando a gente ouve esse termo, erro de execução, a gente fica consternado. Como é que eu vou explicar pra um pai que a filha dele se tornou um erro de execução do Estado?", questiona o advogado. "Se houve um erro por parte da autoridade policial, que seja punido. Se houve uma legítima defesa, que também se sigam os rigores da lei", completa.
O doutor também explica a relação de Thamily com o namorado, que possuía um mandado por tráfico de drogas. "É triste a gente ouvir que eles eram maridos, que eles eram cônjuges, que ela tinha uma união estável com ele, ela era companheira dele, quando ela tinha pego algumas roupas e levado pra casa dele fazia uma semana", revela.
Ouça, na íntegra, a entrevista do advogado da família: