Cada criciumense paga R$ 95,16 por ano com a Câmara de Vereadores, sendo R$ 5,59 por cada parlamentar, segundo levantamento do Observatório Social de Criciúma do ano de 2024. Os dados foram apresentados pelo empresário e atual presidente do Observatório, Moacir Dagostin, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, nesta terça-feira (18).
O valor gasto é abaixo das cidades de Itajaí (R$ 177,27), Florianópolis (R$ 160,34), Blumenau (R$ 109,37) e São José (R$ 101,73), mas está acima das cidades de Joinville (R$ 84,85), Chapecó (R$ 67,01) e Jaraguá do Sul (R$ 65,91).

Ao todo, conforme o estudo realizado, que pesquisou os dados no Portal da Transparência, foram gastos R$ 21.437.153,54 na Câmara Municipal, valor que, dividido entre o número de habitantes em Criciúma, resulta nos R$ 95,16. Por cada um dos 17 vereadores, que recebem um salário de R$ 11.653,25, em média, o índice anual registrou um gasto total anual de R$ 1.261.009,03. "O aumento das despesas da Câmara de 2023 para 2024, em Criciúma, foi de 13,62%. Acima do normal", conta Dagostin. Em 2023, esse valor foi de R$ 18.866.000, representando um aumento de 13,62%. "A Câmara gasta R$1,8 milhão por mês", detalha.
Aumento do número de vereadores
Na última semana, as obras da nova sede da Câmara de Vereadores foram iniciadas no município. Dentro do novo espaço, terão 21 gabinetes para os parlamentares, o que pode significar um aumento no número de vereadores em Criciúma. Para Moacir Dagostin, a mudança não é necessária. "Somos radicalmente contra o aumento de 17 para 21. Não só nós, a sociedade de Criciúma se fizer qualquer pesquisa, isso já foi feito pelo ForCri e nós estamos juntos, então, de que não tenha essa necessidade", explica.
Além dos 17 vereadores, Criciúma também conta com 41 cargos comissionados, sendo que cada um tem direito a dois assessores. Porém, uma proposta busca ampliar para três assessores por político. Dagostin é contrário ao projeto, e alega que os cargos comissionados da Câmara deveriam ser técnicos. "Nós entendemos que os vereadores não têm necessidade de dois assessores. Se precisar de engenheiros, advogados, se precisar de alguém que entenda da saúde, coloca então esses comissionados, servidores comissionados, destas áreas", opina.
Ouça, na íntegra, a entrevista de Moacir Dagostin ao Programa Adelor Lessa: