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Bancários reclamam de demissões e falta de liderança nacional em meio a pandemia

Na região, cerca de 17% dos trabalhadores do setor já se contaminaram com a Covid-19

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 15/03/2021 - 08:10 Atualizado em 15/03/2021 - 08:37
Foto: Arquivo / Divulgação
Foto: Arquivo / Divulgação

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O Sindicato dos Bancários de Criciúma segue alegando dificuldades de trabalho em meio a pandemia e Covid-19. A demissão em massa em bancos públicos e privados do país é um dos pontos destacados pelo setor, assim como a falta de liderança nacional para definição de medidas únicas e concretas em todo o Brasil.

De acordo com o secretário geral do Sindicato, Laércio Silva, os trabalhadores do setor tiveram que construir protocolos coletivos de segurança por conta da pandemia de Covid-19 por iniciativa própria, há cerca de um ano. Muitas das ações predominam até hoje, mas carecem de uma padronização a nível nacional.

“A primeira dificuldade foi a inexistência do ponto de vista do poder público, uma liderança nacional para esse processo. Tivemos que conviver com Santa Catarina de um jeito, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo de outro. Sentimos falta de uma liderança nacional na ordem do controle sanitário que é tão necessário”, pontuou.

Em um ano de pandemia, 119 bancários de Criciúma já testaram positivo para a Covid-19, cerca de 17% da categoria - segundo Laércio. O óbito de um trabalhador do segmento, em decorrência de complicações causadas pelo vírus, também foi registrado.

“É um número muito elevado. Diferentemente do que ouço, de que as pessoas não tem se contaminado no local de trabalho e somente nas farras e bebidas, o bancário se contamina no local de trabalho sim, notadamente nas filas. As pessoas que estão na fila normalmente são pessoas que usam o transporte público, e não preciso dizer a quantas andam o transporte público, latinhas de sardinha. Aí as pessoas da fila abordam o bancário, um pela esquerda, outra direita, outra nas costas, preocupados e com perguntas, aí tem o contágio”, declarou o sindicalista.

A demissão em massa de bancários em todo o país em plena pandemia de Covid-19, ocorridas sobretudo em agências do Bradesco, Santander e Banco do Brasil, também preocupa o Sindicato. Cerca de 12 mil trabalhadores do segmento acabaram sendo demitidos nesse meio tempo, mesmo com lucro bilionário por parte das empresas.

Além disso, boa parte da população vem reclamando do horário de atendimento dos bancos no país, que segue sendo de 5h. Filas gigantescas são vistas frequentemente em frente às agências, o que coloca em debate uma possível necessidade de ampliação do horário de abertura e fechamento dos bancos.

No entanto, segundo Laércio, a grande concentração de pessoas ocorre justamente na primeira hora de atendimento, se normalizando logo após. “Temos a fila pelo primeiro atendimento, já que todo mundo quer ser o primeiro a ser atendido naquele dia. O banco abre às 8h, a fila enorme forma às 8h e às 10h já não tem ninguém”, comentou. “Estamos nos articulando nacionalmente para fazer o atendimento agendado por telefone ou site, criar várias oportunidades de atendimento para que o cliente tenha uma hora marcada”, afirmou.

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