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Capítulo 13 - Celso Ramos

Os homens que governaram Santa Catarina

Por Redação Criciúma - SC, 12/12/2018 - 09:05

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CELSO RAMOS
24º Governador de Santa Catarina – 1961/66

Celso Ramos, 24º Governador do Estado


Lages, a principal cidade do Planalto Serrano, nos deu alguns governadores: Felippe Schmidt, Vidal Ramos, Nereu Ramos e Celso Ramos. Aderbal Ramos da Silva era lageano, mas nasceu em Florianópolis, no Palácio Rosado. Aristiliano Ramos, lageano, era sobrinho de Vidal e primo de Nereu, Celso e Aderbal.

Celso Ramos nasceu dia 18 de dezembro de 1897, filho de Vidal Ramos e Thereza Fiuza Ramos. Irmão de Nereu e primo de Aderbal, também governadores. Era casado com Edith Müller Gama Ramos de cujo casamento nasceriam Doris, Celso Filho, Newton, Tereza, Wilma e Maria Helena.

Fez os estudos primários do Colégio São José e o secundário no Colégio Catarinense, ambos em Florianópolis. Por motivos de saúde abandonou o curso de engenharia que cursava na Escola de Engenharia de Ouro Preto, em Minas Gerais. Também por recomendação médica deixou a ilha-capital e retornou a Lages, dedicando-se à pecuária em sua fazenda Pinheiro Seco, na Coxilha Rica. Fez parte do Conselho Municipal lageano.

Retornando a Florianópolis ocupou o cargo de agente da Companhia Nacional de Costeira. Foi presidente do Avaí Futebol Club de 1941 a 1946.

Buscou o apoio de outros empresários, da capital e do interior do estado, e fundou a Federação das Indústrias de Santa Catarina exercendo, por três gestões consecutivas, a presidência. Organizou as agências do Serviço Nacional da Indústria, Sesi, em 1952, e o Serviço de Aprendizagem, Industrial, em 1954. Foi presidente do Senai catarinense e fundador da instituição no estado.

Em 1958 convocou e presidiu o I Seminário Sócio Econômico de Santa Catarina, em Blumenau, no qual foram discutidas todas as demandas catarinenses sob o ponto de vista empresarial. Esse evento deu o alicerce para o seu plano de governo ao candidatar-se ao cargo de governador do estado.

Em 1959 integrou a comitiva presidida por João Goulart para participar da Conferência Internacional do Trabalho, na Europa.

Em 1960 concorreu ao cargo de governador do estado, pela coligação do seu PSD e o PTB de Armindo Marcílio Doutel de Andrade, candidato a vice-governador. Concorreu com o ex-Governador Irineu Bornhausen, UDN. Celso amealhou 261.752 votos, ou 51,98% dos votos. Irineu, 48,02%, ou 241.724 votos. Celso Ramos governou de 31 de janeiro de 1961 a 31 de janeiro de 1966.

Seu governo é lembrado como um dos mais eficientes e dos que mais impulsionaram o desenvolvimento. Criou um órgão executivo para coordenar a execução do seu Plano de Metas de Governo – Plameg. Esse Plano, na realidade, era o planejamento estratégico de todo o seu governo. Idealizado pelo rio-sulense Alcides Abreu deu todo o Norte para o governo de Celso: nada seria feito na administração estadual se não estivesse contido no Plameg. Uma das metas era construir, no último ano de governo, uma sala de aulas por dia: foi atingida.

Criou a Universidade para o Desenvolvimento Educacional de Santa Catarina, Udesc, o Banco do Estado de Santa Catarina – Besc, o Hospital dos Servidores Públicos do Estado de Santa Catarina (que tomaria o seu nome).

Em 1966 foi eleito senador da República com 67,41% dos votos do eleitorado catarinense.

Homenagens

Praças, ruas e próprios municipais e estaduais homenageiam Celso Ramos sendo que, na Serra e na Grande Florianópolis, dois municípios tem seu nome: Celso Ramos, na Serra, e Governador Celso Ramos, no litoral.

Nasceu no Rio de Janeiro a 17 de novembro de 1920. Faleceu na mesma cidade dia 7 de janeiro de 1991. Casado com Ligia Doutel de Andrade. Advogado e Jornalista. 
Fundador, com Ado Vânio de Aquino Faraco, em 13 de agosto de 1962, da Rádio Difusora de Criciúma, extinta em 1979.

Foi eleito deputado federal e vice-governador, concomitantemente, em 1958. Exerceu o mandato parlamentar por nunca ter assumido a função no Poder Executivo. Foi reeleito deputado federal em 1962. Presidente do PTB catarinense. Opôs-se ao governo militar e filiou-se ao MDB. Foi cassado em1966. Sua mulher, Ligia, o substituiu e foi eleita deputada federal em seu lugar. Foi cassada em 1969. Com a redemocratização foi membro fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, e presidente nacional desse Partido. Candidato à Câmara pelo Estado do Rio, não logrou êxito, mas, suplente, assumiria na vaga de Noel de Carvalho, eleito prefeito de Rezende. Faleceu ao final do mandato quando exercia, também a suplência do senador Darcy Ribeiro.

Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense. 
Contato com o autor: [email protected]

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