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Capítulo 17 - Jorge Konder Bornhausen

Os homens que governaram Santa Catarina

Por Archimedes Naspolini Filho Criciúma - SC, 18/12/2018 - 09:05

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JORGE KONDER BORNHAUSEN
28º Governador de Santa Catarina – 1979/82

Jorge Konder Bornhausen, 28º Governador do Estado


Como vimos, na última edição, a portuária cidade de Itajaí é berço de cinco Governadores do Estado: o primeiro deles, Lauro Müller, e aqueles da linhagem Konder: Adolpho Konder, Irineu Bornhausen, Antônio Carlos Konder Reis e Jorge Konder Bornhausen. Também era de Itajaí o Vice-Governador de Vidal Ramos, Eugênio Luiz Müller, irmão de Lauro.

Jorge nasceu em Itajaí, nesse estado, dia 1º de outubro de 1937, filho de Irineu Bornhausen (Governador 1951/56) e Maria Konder Bornhausen. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio e Janeiro (1960) com especializações na Universidade de Paris e na Fundação Getúlio Vargas. Estabeleceu-se com banca advocatícia na cidade de Blumenau. Em seguida exerceu atividades na Pátria, Companhia de Seguros e chefiou o departamento jurídico do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina, Inco.

Jorge Bornhausen é pai de Paulo Bornhausen – político -  e de Rafael, Fernanda e Irineu Neto.

Na política
O exercício da veia política foi sempre nos quadros da União Democrática Nacional – UDN. Com a edição do Ato Institucional Número Dois, (27.10.1965) o Vice-Governador Francisco D’Alligna foi cassado (19.7.1966) e seus direitos políticos suspensos por dez anos. A Assembleia Legislativa elegeu, a 9 de março de 1967, Jorge Bornhausen para completar o mandato, depois de uma emenda à Constituição do Estado permitindo que o cargo pudesse ser ocupado por cidadão com idade inferior a 30 anos: Jorge contava 29 anos de idade. Findado o mandato, foi eleito presidente do Diretório Regional da Aliança Renovadora Nacional.

No governo do seu primo Antônio Carlos Konder Reis presidiu o Banco do Estado de Santa Catarina, deixando o cargo quando designado pelo Presidente Ernesto Geisel para substituir Konder Reis no cargo de Governador.

Governou de 15 de março de 1979 a 14 de maio de 1982, quando renunciou a favor do Vice-Governador Henrique Helion Velho de Córdova, para concorrer ao senado da República.

Durante o seu governo o Presidente João Batista Figueiredo fez uma visita a Florianópolis. Uma carreata o conduziu até os pés da Praça XV de Novembro, de onde subiu, ao lado do Governador Jorge e de outras altas autoridades, em direção ao Palácio Cruz e Souza. Praticamente às portas do Palácio um grupo de estudantes, postado num dos canteiros da Praça, se fez ouvir com palavras de ordem contra a visita presidencial. Houve momentos de tensão e desconforto e o Presidente, levado por Jorge, adentrou o Cruz e Souza, subiu as escadarias e foi à sacada do gabinete do governador, fronteiriça à Praça. As manifestações, agora ruidosas, provocaram a reação do Presidente que, com gestos e palavras, condenou aquele movimento que tomou o nome de “Novembrada” e provocou vários desdobramentos.

A Arena foi substituída pelo Partido Democrático Social, PDS, e buscou Jorge Konder Bornhausen para presidi-lo. E veio a sucessão de Figueiredo à presidência da República: seria a última eleição indireta e o PDS mantinha a maioria do colégio eleitoral. Em convenção o candidato do governo, ministro Mário Andreazza foi derrotado pelo deputado Paulo Maluf e essa vitória não foi bem assimilada pelo Planalto. A oposição apresentou o senador Tancredo Neves como candidato. Nesse momento houve uma ruptura política nas hostes do PDS e foi criada a Frente Liberal, mais tarde Partido da Frente Liberal-PFL, liderada por José Sarney. Jorge e todos os frentistas - aderiu a Tancredo.

Nas eleições de 1994 foi candidato a Governador do Estado. Não conseguiu participar do segundo turno eis que os resultados aferidos foram estes: Angela Amin, PPR, 45,86% dos votos; Paulo Afonso Vieira, PMDB, 334%; Jorge Bornhausen, PFL, 11,03%; Nelson Wedekin, PDT, 9,11%.

Jorge foi embaixador do Brasil em Portugal, durante o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Em 1988 conquistou o segundo mandato de senador durante o qual foi ministro da Educação de Fernando Collor de Mello.

Em 2010 resolveu abandonar a vida pública desfiliando-se do Democratas, sucessor do PFL. Ainda assim ajudou a criar, em Santa Catarina, o Partido Social Democrático – PSD.

Henrique Helion Velho de Córdova, 29º Governador do Estado, completou o mandato de Jorge Konder Bornhausen


Henrique Córdova governou o Estado de 14 de maio de 1982 a 15 de março de 1983. Advogado e Fazendeiro. Nasceu em São Joaquim a 21 de dezembro de 1938. Em viagem ao exterior foi substituído, interinamente, prelo Presidente do Tribunal de Justiça desembargador Francisco May Filho. Em outra ocasião, pelo presidente da Assembleia Legislativa deputado Epitácio Bittencourt.

Foi Deputado Estadual em dois períodos e Federal Constituinte em 1986.

Após deixar o governo tentou ser prefeito de São Joaquim: não foi eleito.

Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense. 
Contato com o autor: [email protected]

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