PEDRO IVO FIGUEIREDO CAMPOS
31º Governador de Santa Catarina – 1987/1990
Emanuel Pereira de Campos e Florisbela Figueiredo de Campos são os pais de Pedro Ivo Figueiredo de Campos, nascido aos 12 dias de outubro de 1930 na cidade de Florianópolis. Pedro Ivo – como se tornou conhecido – era casado com Mariza Lobo Campos, filha de Rodrigo de Oliveira Lobo, deputado estadual (1963/66). Tiveram quatro filhas: Cláudia Maria, Andréa Maria, Adriana Maria e Maria Rita.
Pedro Ivo foi alfabetizado no Grupo Escolar Silveira de Souza seguindo-se o Colégio Catarinense, depois a Escola Preparatória de Cadetes, em Porto Alegre e a Academia Militar de Agulhas Negras, no Rio de Janeiro.
Acometido por doença contraída em serviço, interrompeu a carreira militar, em 1960, e foi submetido à reserva compulsória. Sua reforma teve como fundamento a Lei da Inatividade dos Militares que, para a sua doença, o considerou incapacitado para qualquer serviço de natureza militar, sem qualquer restrição ao trabalho na vida civil.
E foi no início da década de 1960 que Pedro Ivo ingressou na política. O episódio da derrubada do presidente João Goulart – e seus desdobramentos – encontrou Pedro Ivo liderando o Partido Trabalhista Brasileiro na cidade de Joinville. Não poupou ocasião e tribuna para combater aos que tomaram conta do Poder.
À vista dos resultados das eleições de 1966, feridas dia 15 de novembro, o regime militar editou o Ato Institucional Nº 2 – 27 de outubro de 1966 – que, dentre outros, extinguiu os Partidos Políticos vigentes no país. Em nível de Brasília formaram-se a Aliança Renovadora Nacional, de apoio sistemático ao governo, e o Movimento Democrático Brasileiro, de oposição ao governo. Em Joinville a coordenação da formação do MDB ficou às mãos de Pedro Ivo.
Eleito deputado estadual cumpriu seu mandato de 1967 a 1971. NA Assembleia Legislativa assumiu a liderança da bancada do MDB concomitantemente com a presidência do Partido. Naquela legislatura a Arena contava com 34 deputados e o MDB com 11.
Em 1970 Santa Catarina elegeria seus 13 deputados federais: nove da Arena e quatro do MDB, neste, Pedro Ivo Campos. Renunciou ao mandato para assumir a Prefeitura de Joinville eis que eleito prefeito municipal dessa cidade no pleito de 1972, mandato que cumpriu de 15 de março de 1973 a 15 de março de 1977.
Fez um governo que mereceu a aprovação até de seus adversários políticos. Isto impulsionou o seu retorno à Câmara dos Deputados, nas eleições de 1978 quando o MDB elegeu 7 das 16 cadeiras do Parlamento. Foi o mais votado do Partido.
Em 1979 o bipartidarismo brasileiro foi extinto e, em consequência, fundadas novas agremiações político-partidárias. Nascia o MDB, sucedâneo do PMDB, e Pedro Ivo foi eleito presidente regional da sigla.
Participou das prévias do Partido para escolher o candidato ao governo do estado, em 1982, e foi vencido pelo senador Jaison Barreto. Concorreu ao senado da República, mas não logrou êxito.
Em 1986 Pedro Ivo seria o candidato peemedebista ao governo catarinense e venceu as eleições com 49,28% dos votos do eleitorado. A oposição chegava à cadeira de Lauro Müller.
Governou de 15 de março de 1987 a 27 de fevereiro de 1990, quando faleceu, vítima de um câncer. Repousa no cemitério municipal de Joinville.
Durante o seu período de chefe do Poder Executivo estadual Pedro Ivo reorganizou a máquina administrativa, saneou o Banco do Estado e o Badesc. Tomou como meta de governo a reforma e/ou ampliação de uma unidade de saúde por semana, e a cumpriu.
Casildo Maldaner nasceu a 2 de abril de 1942. Advogado. Foi vereador à Câmara Municipal de Modelo, Deputado Estadual de 1975/79 e 1979/83, Deputado Federal de 1983/87 e Senador da República de 1995 a 2003. Vice-Governador do Estado na chapa encabeçada por Pedro Ivo veio a substituí-lo, em virtude do falecimento, e governou de 27 de fevereiro de 1990 a 31 de março de 1991.
Casildo Maldaner foi o primeiro governador de Santa Catarina com origem no extremo Oeste catarinense, embora nascido em Carazinho-RS.
Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense.
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