Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Capítulo 20 - Vilson Kleinübing

Os homens que governaram Santa Catarina

Por Archimedes Naspolini Filho Criciúma - SC, 21/12/2018 - 09:05

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

VILSON PEDRO KLEINÜBING
33º Governador de Santa Catarina – 1991/1994

Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, viu nascer, a 9 de setembro de 1944, o futuro Governador de Santa Catarina, Vilson Pedro Kleinübing, filho de Waldemar e Carmelina Pontin Kleinübing. No início da década de 1950 a família migrou para Santa Catarina e se estabeleceu na cidade de Videira. Ali fez os estudos primários e fundamentais e, aos 16 anos, foi buscar o ensino médio no Colégio Catarinense, em Florianópolis. Aprovado no vestibular para Engenharia Mecânica graduou-se nesse curso na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963/68). Engenharia Econômica, em nível de pós-graduação, a fez na Universidade Federal de Santa Catarina.

Enquanto estudava, trabalhava. Em Videira, bancário. Como acadêmico universitário, funcionário da Ipesul (ramo de construções). Em Florianópolis, aos 25 anos de idade, trabalhou na Ineal, empresa de engenharia e arquitetura e, no ano seguinte, depois de aprovado e classificado em concurso público, assumiu uma das vagas de analista de sistemas das Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc. Concomitantemente, até 1978, foi professor na Escola Superior de Administração e Gerência – Esag – onde lecionava Processamento de Dados.

Em 1974, eleito presidente da Associação dos Moradores do Balneário Daniela, esteve várias vezes com o Prefeito Esperidião Amin cobrando obras e serviços da administração municipal à Daniela: nasceria, dali, uma grande amizade entre ambos e, por influência do prefeito, resolveu ingressar na política. Filiou-se ao PDS, Partido de Esperidião que, candidato a Deputado Federal, em 1978, recebeu, de Vilson, todo apoio e campanha a favor.

O seu desempenho profissional na Celesc o projetou para o sucesso alcançado na política: inicialmente foi “descoberto” por pessoas influentes da política catarinense. Na empresa ascendeu a assessor da diretoria, chefe do Departamento de Processamento de Dados, Diretor de Distribuição. Neste cargo notabilizou-se ao projetar e gerenciar a execução de um programa de eletrificação rural que beneficiou mais de 35 mil famílias no estado.

Em 1982 o PDS o fez candidato a Deputado Federal, mandato que conquistou com a maior votação daquele pleito: 108.600 votos. Naquelas eleições Esperidião Amin fora eleito Governador do Estado e foi buscar o amigo para assumir a pasta da Agricultura e Abastecimento. Titular dessa importante secretaria Vilson viu abrir-se o horizonte político à sua caminhada.

No pleito eleitoral de 1986, agora no PFL, Vilson foi candidato a Governador do Estado. Seu companheiro de chapa foi o empresário Fernando Marcondes de Matos. Amealhou 30,66% dos votos. Venceu a chapa de Pedro Ivo/Casildo Maldaner. Mas, dois anos depois, em 1988, era eleito Prefeito Municipal da terceira maior cidade de Santa Catarina: Blumenau, reduto histórico do PMDB.

Em 1990 voltou a disputar o governo do Estado, tendo como companheiro de chapa, o ex-Governador Antônio Carlos Konder Reis. Recebeu 50,42% dos votos vencendo a chapa do PMDB formada por Paulo Afonso Vieira e Ivo Vanderlinde.

O Plano de Governo mostrado aos catarinenses no período eleitoral seria cumprido ao pé da letra, prometeu. Era o Plano SIM: Saúde, Instrução e Moradia.
Assumiu dia 15 de março de 1991. Primeiro ato de governo: edição de uma Medida Provisória compactando as 23 secretarias de Estado em apenas dez e cortando 50% dos cargos comissionados.

Recebeu, do governo anterior, para pagamento imediato (?), o saldo de 4,6 bilhões de reais relativos à folha de pagamento dos servidores públicos e o confronto direto com a classe, haja vista que o antecessor, no momento da transmissão do cargo, revogou o aumento de vencimentos que havia concedido à classe dos ‘barnabés’. Estes começaram o governo de Vilson reivindicando os 237% de aumento, a título de reposição salarial.

O deficit público do Estado recebido, da ordem de 160 bilhões de cruzeiros diminuiu para 40 bilhões, com um ano de mandato. Ainda que as receitas tivessem diminuído em 13% reduziu os custos da folha de pagamento de 121% para 104% da receita.

Dos servidores públicos recebeu a alcunha de ‘mau patrão’ e sua popularidade desceu a patamares irrisórios. Mas não cedeu e anunciou que renunciaria ao mandato para tentar uma vaga de senador da República, como de fato o fez, a 6 de abril de 1994. Eleito e empossado (1.1.94) senador da República logo assumiria a vice-liderança do governo naquela Casa.

No dia 23 de outubro de 1998, aos 54 anos de idade, vitimado por um câncer em seus pulmões, o senador Vilson Pedro Kleinübing (PFL), veio a falecer. Está sepultado no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis. Completou seu mandato, o suplente Geraldo Althoff.

Vilson era casado com Vera Maria Karan Kleinübing e teve três filhos: João Paulo, Eduardo e Diogo.

Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense. 
Contato com o autor: [email protected]

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito